segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Mobilização pelo banimento da substância cancerígena em SC ganha reforço



Projeto será votado nesta quarta-feira (12) e o SITICOM quer que o mineral, responsável pela morte de dezenas de pessoas, seja erradicado do território Catarinense

Chapecó/SC (10.11.2014) - A campanha pelo fim da utilização do amianto em Santa Catarina ganhou adesão de várias instituições locais. O assunto foi debatido em reunião pública, para encaminhar proposições buscando a extinção do uso do produto no Estado. Pelo menos seis unidades da federação já baniram o amianto de seus territórios devido os graves riscos que ele submete a saúde humana.
Convocado pelo Ministério Público do Trabalho - MPT de Chapecó e organizado pelo Cerest - Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (regional e estadual), o encontro contou com a presença de sindicatos, empresários e Vigilância Sanitária. O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Chapecó - Siticom é uma das entidades que defendem com veemência a proibição da substância “devido os males que causa à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras”, justifica a presidente Izelda Oro.
O uso do asbesto, como também é conhecido, já está impedido em mais de 60 países “pelas consequências nefastas que causa à saúde das pessoas”, disse o procurador do MPT, Marcelo Goss Neves. O amianto apresenta comprovado potencial cancerígeno, risco que correm todos os que mantiverem contato com a substância. “É por isso que o minério precisa sumir de Santa Catarina”, pede a sindicalista.
Izelda é intransigente defensora do projeto que
pede a extinção da “fibra assassina” em SC
Considerado um componente que origina graves problemas à saúde pública, mais de 90% do amianto produzido no Brasil é usado na indústria da construção civil. Diante disso, a categoria profissional representada pelo Siticom “precisa ser protegida para evitar a contaminação”, argumenta Izelda. Com geração média de 250 mil toneladas/ano, o País está entre os cinco maiores produtores, consumidores e exportadores do mundo. A dirigente sindical também defende que as responsabilidades legais sejam, conforme prevê a legislação, assumidas “verdadeiramente” pelas empresas. Ela quer também destino definido a todos os resíduos que contém amianto.
A inalação do silicato de cálcio, alumínio e ferro, provoca doenças pulmonares (asbestose, câncer pulmonar e mesotelioma - forma rara de tumor maligno - de pleura e peritônio) e já matou cerca de 50 pessoas no Estado. O tumor grave tira a vida rapidamente da pessoa que se expõe à “fibra assassina”. O óbito ocorre num período entre seis a doze meses. Mais grave, ainda, é que o câncer pode se manifestar somente 40 anos após o material tóxico ser aspirado.

Em defesa da vida - A campanha anti-amianto ganha fôlego com novas adesões. A decisão de banimento do aproveitamento econômico do amianto no Estado está nas mãos dos deputados da Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa. Eles votam nesta quarta-feira (12) o projeto de lei PL./0179.5/2008 que veda o uso da substância. Reunido em Florianópolis o Fórum da Saúde dos Trabalhadores de Santa Catarina defendeu grande mobilização em defesa da vida. Sugere que a sociedade e todas as entidades representativas que defendem a vida e o trabalho seguro se manifestem perante os deputados deste e também da Comissão de Saúde, pedindo a aprovação do projeto em caráter de urgência.
O amianto é uma fibra mineral natural sedosa, por isso suave, mas sólido como o granito. Por suas propriedades físico-químicas possui alta resistência. Encontrado em abundância e com baixo custo, é largamente utilizado na indústria. Atinge trabalhadores direta ou indiretamente expostos, seus familiares e moradores do entorno das fábricas. Causa, ainda, danos ambientais já que as características tecnológicas mantidas impossibilitam sua destruição. De difícil destinação final, o material permanece disperso no ar contaminando pessoas e os ambientes internos e externos.

Assessoria de Imprensa SITICOM - CHAPECÓ

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CTB conclama cetebistas a intensificar recadastramento no MTE



“A CTB conclama os companheiros das estaduais para intensificarem o processo de filiação e recadastramento para que apresentemos o nosso percentual de crescimento no movimento sindical de 2014”, reforça Wagner Gomes, secretário-geral da CTB. Isso porque o prazo para que os sindicatos cetebistas enviem para a central os dados de novas filiações e façam o recadastramento com a atualização sobre o número de sindicalizados se encerra em 31 de dezembro. “É fundamental não deixar para a última hora, pois os trâmites burocráticos podem emperrar o processo", defende Wagner.
"Essa aferição é importante para a CTB avaliar seu real crescimento neste ano e assim planejar novas medidas para ampliar ainda mais o seu crescimento no movimento sindical e na sociedade”, acentua.
Isso ocorre porque desde a publicação da Portaria 326/2013, O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) passou a exigir o uso de certificação digital no estágio final do recadastramento.  Os formulários para a atualização das informações estão no site do MTE (http://www3.mte.gov.br/cnes/default.asp). A verificação do índice de representatividade é realizada anualmente pelo MTE e apurada com base na quantidade de trabalhadores filiados aos sindicatos de cada central até o mês de dezembro.
A aferição da representatividade é prevista pela Lei nº 11.648, de 2008, que reconhece legalmente as centrais sindicais como entidades de representação dos trabalhadores. “Confiamos na celeridade dos nossos companheiros cetebistas em realizar essa tarefa com a seriedade que ela exige. É com essa aferição que a CTB poderá saber o tamanho da sua representação de norte a sul do país”, revela Wagner Gomes.

FONTE: Portal CTB