sexta-feira, 28 de março de 2014

Operários da construção civil conquistam reajuste de 8% em Sergipe


Após negociação mediada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, os trabalhadores da construção civil conquistaram nesta quarta-feira, 26, um reajuste salarial de 8%. O encontro contou com a participação de representantes da classe patronal, que também concordaram em reajustar o valor da cesta básica concedida à categoria.

117De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon), Raimundo Reis, os salários passaram de R$ 1030 para 1113. Já as cestas básicas passaram para R$ 70 (para os trabalhadores que acumulam até duas faltas no mês) e R$ 80 (para aqueles que não tiveram nenhuma falta).

A convenção também trouxe outras mudanças na concessão das cestas básicas. “Antes, a empresa era obrigada a dar a cesta básica somente quando o canteiro tivesse 50 funcionários. Agora, a cesta básica deve ser concedida independente do número de funcionários”, explica Raimundo.

Raimundo alerta que a soma de atrasos acumuladas pelos funcionários do mês continua implicando na perda da cesta básica. “Antes a tolerância era de 75 minutos. Com as negociações de hoje, o tempo foi estendido para 90 minutos”, explica.

As mudanças que valem para Convenção Coletiva de Trabalho 2014/2015 também trouxeram reajustes nos salários dos betoneiros e dos ajudantes, que passaram a ser beneficiados com o recebimento de cesta básica.

Fonte: Infonet

quarta-feira, 26 de março de 2014

Operários da construção de Salvador decidem manter estado de greve


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O dia começou movimentado para os operários da construção civil em Salvador. Em greve, a categoria realizou uma manifestação pelas ruas do Centro da cidade e definiu em assembleia pela manutenção do movimento, até que os patrões atendam à pauta de reivindicações.
A concentração começou no Campo Grande, de onde os trabalhadores saíram em passeata até a sede do Procon, na Rua Carlos Gomes, onde fizeram um ato de repúdio, contra as declarações feitas pelo superintendente do órgão, Ricardo Maurício Soares. Em entrevista a uma emissora de rádio local, Soares sugeriu que as empresas façam a contratação de mão de obra temporária, para o cumprimento do prazo de entrega das obras em andamento.
Em nota pública, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA) e a Federação de Trabalhadores do ramo (Fetracom-BA) ressaltam que os trabalhadores estão em greve, justamente reivindicando melhorias das condições de trabalho e lutando contra a precarização da mão de obra.
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E é muito grave, quando um dirigente de um órgão, como o Procon, vem a público aconselhar uma das irregularidades que as empresas praticam constantemente, nos locais de trabalho.
A greve da categoria, aprovada em assembleia geral, com a participação de mais de cinco mil trabalhadores, começou na segunda-feira (24/3), com a paralisação dos canteiros de obras em Salvador e no interior. Os trabalhadores reivindicam 10% de reajuste salarial, acréscimo de R$ 40 na cesta básica para todos os trabalhadores, independentemente do número de empregados, correção do piso salarial do cadastrista, contrato de experiência de 30 dias e manutenção do aviso prévio indenizado, que já consta da Convenção Coletiva de Trabalho e os empresários querem retirar.
O patronato propõe reajuste salarial de 5,56%, aviso prévio trabalhado e contrato de experiência de 90 dias. Os trabalhadores afirmam que a categoria está disposta a continuar o movimento paredista, até que as reivindicações sejam atendidas.
Com informações do Sintracom Bahia.
 
Fonte: CTB BA

quarta-feira, 19 de março de 2014

Um dia para se comemorar e exigir respeito

Hoje 19 de março, os trabalhadores e as trabalhadoras da indústria da construção civil na Bahia comemoram seu dia, hoje também é dia do São José que foi carpinteiro e é o padroeiro da categoria.

Eles que são os responsáveis pela construção das cidades, das rodovias, das casas, dos edifícios, etc..., etc..., e principalmente da construção de dias melhores para toda a sociedade de um modo geral.

O trabalho na construção civil sempre foi e sempre será um trabalho de arte, desempenhado por verdadeiros artistas que embelezam nossas cidades com suas construções milenares e modernas.

As operárias e os operários da construção, que cedo madruga para ir à labuta, enfrentam os mais diversos problemas, a começar pela insegurança quando saem de sua casa na madruga, passando pelo transporte precário, que além de moroso é lento e sempre lotado. Já no trabalho, estes operários e operárias passam por inúmeras situações, seja ela inerente ao seu labor (questões climáticas, penosa e insalubres), seja pelas perseguições e em alguns casos até constrangimentos, assédios e principalmente falta de reconhecimento pelo seu trabalho. O pior de tudo, não sabem a hora que vão retornar ao seu lar e se vão retornar.

No meio a tudo isso, as operárias e os operários da construção na Bahia, podem ir à greve em busca de melhores condições de trabalho, mas principalmente em busca de respeito. Respeito como cidadão e como profissionais. A classe empregadora como sempre gananciosa, se quer apresentou propostas constitucionais, como é o caso do repasse da inflação do período para o aumento dos salários. A cada dia, restam a nós operários e operárias da construção nos conscientizar, mais ainda que só existe duas classes, a explorada (que somos nos trabalhadores) e a exploradora (que são os empresários).

Venceremos a exploração e não permitiremos a volta da escravidão em nosso país. Parabéns a todos as operárias e operários da construção pela passagem do seu dia.

Brasília/DF, 19 de março de 2014



Miraldo Vieira

terça-feira, 18 de março de 2014

Mercado de trabalho se aquece e Bahia cria 7,4 mil novos postos em fevereiro


As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), referentes ao mês de fevereiro de 2014, apontam que a Os dados foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).
A Bahia contabilizou um saldo positivo de 7.420 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, resultado que expressa a diferença entre o total de 69.334 admissões e 61.914 desligamentos. O saldo registrado em fevereiro situou-se em um patamar superior ao contabilizado em igual período do ano anterior (-1.076 postos) e superior ao mês de janeiro de 2014 (+ 4.471 postos).
O saldo nacional de geração de empregos em fevereiro foi de 260 mil novas vagas, com destaque para São Paulo (77.928), seguido de Santa Catarina (27.891), Rio Grande do Sul (26.487) e Rio de Janeiro (25.820). A Bahia (+7.420 postos) ocupou a primeira posição no saldo de postos de trabalho entre os estados da Região Nordeste e a 8ª posição no Brasil, em fevereiro de 2014.
Setorialmente, os saldos na Bahia positivos em fevereiro foram: Serviços (+5.070 postos), seguido pelo Comércio (+1.434 postos), Administração Pública (+473 postos), Indústria de Transformação (+228 postos), Construção Civil (+169 postos), Agropecuária (+ 118 postos) e Extrativa Mineral (+68 postos).  O único setor que registrou saldo negativo no mês de fevereiro foi Serviços Industriais de Utilidade Pública (- 140 postos).
O resultado do emprego foi positivo tanto no interior do estado quanto na RMS. No interior foram criados 3.786 novos postos de trabalho, e na Região Metropolitana de Salvador foram criados 3.634 postos de trabalho. Em fevereiro de 2014, Salvador (2.031), Lauro de Freitas (1.008) e Feira de Santana (986) se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Salvador registrou 2.031 novos postos de trabalho, Lauro de Freitas gerou 1.008 postos e Feira de Santana gerou 986 postos.
No acumulado dos dois primeiros meses do ano, a Bahia apresentou um saldo de emprego de 11.891 novos postos de trabalho, levando-se em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo.
.As informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), E foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

Fonte: Bahia Econômica

Trabalhadores (as) da construção realizam passeata na Av. Pinto de Aguiar

Reivindicando melhores condições salariais, cerca de oito  mil trabalhadores da construção civil realizaram uma passeata e assembleia na Avenida Pinto de Aguiar, no bairro de Patamares, em Salvador, na manhã desta segunda-feira (17). A manifestação pacífica durou mais de duas horas e reuniu trabalhadores e trabalhadoras de todos os canteiros de obras da região, que totalizam cerca de 10 mil operários.
De acordo com o presidente da FETRACOM-BA, Edson Cruz , além do percentual de reajuste salarial de 14%,  a pauta de reivindicações da categoria inclui outros pontos, referentes a folgas,  transporte, redução do contrato de experiência para 30 dias,  alimentação entre outras, além da luta pela manutenção de benefícios  como as horas extras, aviso prévio indenizado, o fim do banco de horas, dentre outros.
“Enquanto pedimos 14% de reajuste o patrão oferece-nos apenas 3%. Uma humilhação para a nossa categoria que engorda os bolsos dos patrões com a nossa força de trabalho, que não é valorizada por eles. Nosso movimento está coeso, unido e forte, pois assim como em Salvador, todo o interior do estado está mobilizado em prol de uma Campanha Salarial Unificada.  Não vamos admitir que o patrão subtraia nossos direitos”, pontua Edson.
Próximos passos - A agenda dos trabalhadores da construção está cheia para esta semana. A partir das 7h desta terça-feira (18), uma nova manifestação está marcada para o bairro da Pituba. “Entre 4 e 5 mil trabalhadores devem se reunir, a partir das 7h na Avenida Paulo VI. A partir daí vamos visitar diversas obras no bairro para verificarmos as condições de trabalho a que os operários são submetidos”, avisa José Ribeiro, presidente do SINTRACOM-BA.
Uma nova assembleia da categoria está marcada para a próxima sexta-feira (21), no Largo de São Bento, na Avenida sete de Setembro.
Os trabalhadores entram, nesta terça (18), na 12ª rodada de negociações com o Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon). As conversas começaram em dezembro de 2013, mas as partes ainda não chegaram a um termo.

*Com informações da ASCOM FETRACOM/BA e Correios 24h


quarta-feira, 12 de março de 2014

Preço da cesta básica sobe em nove capitais

Em fevereiro, o custo da cesta básica subiu em metade das 18 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as maiores elevações ocorreram em Aracaju (aumento de 5,31%), Florianópolis (2,49%) e no Rio de Janeiro (1,35%).

A cesta mais cara do país foi a de Florianópolis, onde o custo médio alcançou R$ 330,75 em fevereiro. Em seguida apareceu a de Vitória (R$ 328,43) e a de São Paulo (R$ 325,35).

Já a maior queda no custo da cesta básica ocorreu em João Pessoa (-3,47%), seguida por Manaus (-3,44%) e Brasília (-2,91%). A capital com a cesta básica mais barata do país em fevereiro foi Aracaju, onde o custo médio chegou a R$ 225,57, seguida por João Pessoa (R$ 255,00) e Salvador (R$ 262,78).

Os produtos que puxaram a alta no custo da cesta básica foram o arroz (que subiu em 12 das capitais analisadas, principalmente porque se encontra em período de entressafra), o tomate (que subiu em 11 capitais) e a carne bovina (produto de maior peso da cesta, que ficou mais caro em 10 capitais).

Nos dois primeiros meses do anos, oito das 18 capitais analisadas pelo Dieese apresentaram alta nos preços da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Aracaju (4,05%), Florianópolis (3,58%) e Vitória (2,19%).

Com base no valor da cesta básica e levando em consideração a determinação constitucional de que o salário mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com moradia, alimentação, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese calculou que o salário mínimo deveria ser R$ 2.778,63 em fevereiro, valor 3,84 vezes superior ao mínimo em vigor, de R$ 724,00.

Fonte: Agência Brasil

Brasil ocupa 15º lugar entre as 20 maiores expectativas de emprego no mundo

A Pesquisa Expectativa de Emprego Global, divulgada nesta terça-feira (11) pelo ManpowerGroup, líder mundial no segmento de recursos humanos, revela que 24% do empresariado brasileiro pretendem aumentar as contratações no segundo trimestre deste ano. Dessazonalizado, isto é, depois de feito o ajuste sazonal do período, o número mostra aumento de 13% na intenção de contratação de pessoal.

Embora positivo, é o mais baixo nível registrado para o período de abril a junho, desde o início da pesquisa, em 2009. No trimestre anterior, a expectativa com ajuste sazonal apontava para aumento de 16% das contratações, e em igual trimestre de 2013 a expansão de mão de obra foi 24%.

Com os dados ajustados, o Brasil aparece na 15ª colocação no ranking das 20 maiores expectativas de emprego no mundo, para os meses de abril, maio e junho. A liderança é exercida pela Índia, com previsão de expansão de41% na oferta de empregos, seguida por Taiwan (+38%), Nova Zelândia (+27%) e Turquia (+26%). A pesquisa global foi elaborada com base em 65 mil entrevistas com empregadores de 42 países.

A diretora de Relações Humanas do ManpowerGroup Brasil, Marcia Almström, observou que apesar da redução da expectativa de elevação dos empregos no segundo trimestre, no Brasil, as perspectivas dos setores e regiões analisadas permanecem otimistas. “A gente está com um movimento de caminhar nos investimentos em contratação de forma ainda modesta, comparativamente ao ano passado, e até olhando o primeiro trimestre, mas ainda de forma positiva”, disse ela à Agência Brasil.

Mercado reticente
Isso significa que há empresas interessadas em aumentar o número de empregos. Mas segundo Marcia, a pesquisa é um indício de que o mercado brasileiro se mostra ainda reticente. O fato de 2014 ser um ano de eleições e de jogos da Copa traz dúvidas. “São variáveis que deixam o país em uma condição reticente”, avaliou.

A sondagem indica que dos oito setores analisados, o de serviços continuou apresentando intenção mais forte de contratações no período. A expectativa de aumento de empregos é de 24%. Percentual menor que os 27% estimados para o primeiro trimestre. “Mesmo a gente estando aquém do que poderia ser, do que já viveu no primeiro trimestre e no ano passado, em um momento mais aquecido de contratação, a gente enxerga que não estamos estagnados”, disse Marcia, e ela insiste que continua existindo um movimento das organizações, de querer ampliar suas operações por meio da contratação de funcionários.

Perspectivas de expansão
Outros setores que também demonstram otimismo em relação à geração de empregos são os de finanças, seguros e imobiliário; transportes e serviços públicos; e comércio. Todos com perspectiva de expansão em torno de 16%, cada.

As menores intenções de elevação das contratações ficaram com os setores da construção e de agricultura, pesca e mineração, ambos da ordem de 3%. A pesquisa revela que no setor da construção, em particular, a queda das intenções de contratações foi bastante significativa, em relação ao primeiro trimestre do ano, que apontou aumento de 16%.

O vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Nérleo Caus de Souza, confirmou a existência de uma tendência de crescimento dos postos de trabalho no setor de serviços, em especial no segmento da hotelaria. “Nós temos a implantação de diversas unidades hoteleiras em todo o país, em especial nas cidades-sedes da Copa. Nós teremos ao longo de 2014, e até as Olimpíadas [de 2016] algumas aberturas”.

O viés de aumento das contratações ocorre também no segmento de alimentos e bebidas, em função da vinda de um quantitativo significativo de visitantes para esses eventos, que se contrapõe a uma diminuição do dinamismo da economia, disse Souza.

Ritmo positivo de empregos
Nas cinco regiões pesquisadas, o ManpowerGroup identificou ritmo positivo de empregos, com liderança exercida pelo estado do Rio de Janeiro (+18%), seguido pelo Paraná (+15%), por São Paulo (+12%) e Minas Gerais (+11%). A expectativa de contratação mais baixa foi evidenciada na cidade de São Paulo, com índice de 8%.

Segundo explicou a diretora de RH do ManpowerGroup Brasil, a expansão do emprego, projetada no Rio de Janeiro, está ligada aos eventos esportivos que ocorrerão na capital fluminense, ao contrário do ano passado, em que as contratações foram motivadas pelo pré-sal e pela área de energia. “É indiscutível que na Copa do Mundo vai haver contratação de mão de obra muito maior no estado do que em épocas em que não existem jogos em um evento como esse”. Para Marcia Almström, a Copa e as Olimpíadas são elementos impulsionadores do emprego.

A pesquisa sobre perspectivas de contratações para o terceiro trimestre de 2014 deve ser divulgada no dia 10 de junho.

Fonte: Agência Brasil

MTE e FIFA discutem trabalho decente na Copa

O CEO do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, Ricardo Trade, se reuniu no final da manhã dessa terça-feira (11) com o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, e secretários para discutir e conhecer as ações do ministério para o evento que começa em junho. O COL é a entidade contratada pela FIFA para coordenar a realização da Copa.

O executivo e sua equipe conheceram o trabalho das oito Oficinas de Emprego e Trabalho Decente realizadas em oito estados para discutir as melhores formas de trabalho durante os jogos. O secretário de Relações do Trabalho, Manoel Messias, mostrou um rápido balanço dos encontros, que reuniu setores da hotelaria, construtoras e sindicatos (patronais e dos trabalhadores). O destaque dos debates foi o compromisso das empresas que atuarão no evento em cumprir as leis trabalhistas e as convenções coletivas. O relatório com o resultado das oficinas será divulgado no dia 15 de abril.

Sobre a fiscalização e inspeção do trabalho, está prevista a criação de grupos especiais de auditores que fiscalizarão os principais setores envolvidos na Copa, como transportes, hotelaria e alimentação, nas doze cidades-sede. Ricardo Trade se colocou à disposição dos técnicos do MTE para subsidiá-los em informações e se comprometeu a exibir o programa de voluntariado da Copa para que os auditores tenham conhecimento de como os voluntários atuarão.
 
Fonte: MTE

quarta-feira, 5 de março de 2014

FST realizou Seminário Nacional em Brasília


Centenas de representantes de Confederações, Federações e Sindicatos, representando um universo de milhões de trabalhadores, se reuniram, entre os dias 25 e 26/2, em Brasília, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio – CNTC, no Seminário Nacional do Sistema Confederativo, organizado pelo Fórum Sindical de Trabalhadores – FST, para proporem ações visando uma maior atuação das entidades sindicais nas questões envolvendo políticas trabalhistas e ações sindicais em defesa das boas relações e dignidade no trabalho. Dentre as inúmeras propostas que emergiram do encontro, surgiu, por exemplo, a orientação de boicote total à reeleição de parlamentares que não votarem pela aprovação do fim do fator previdenciário

No entendimento das lideranças e representantes do sistema confederativo, desde o ano de 1990, o autêntico movimento sindical vem sendo alijado em seu poder de representatividade, quando o poder público, através dos entes governamentais, passou a oferecer um tratamento privilegiado na questão da interlocução das demandas trabalhistas às Centrais Sindicais, relegando as Confederações Nacionais de Trabalhadores a um segundo plano constrangedor.

Ainda de acordo com estes dirigentes, essa situação de escanteio institucional veio a se agravar durante os governos de FHC, Lula e Dilma, que não lograram reconhecer as Confederações Nacionais de Trabalhadores como as detentoras da legitimidade constitucional para Ajuizamento de Ações Diretas no Supremo Tribunal Federal (STF), pelo plano de Representação Sindical, e autênticas representantes e coordenadoras das lutas e reivindicações dos trabalhadores no que tange a defesa de seus direitos e interesses.

José Calixto Ramos, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria – CNTI, e também presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST, destacou que as centrais sindicais não representam necessariamente os trabalhadores. “As Confederações, as Federações e os Sindicatos de base são os legítimos representantes da classe trabalhadora brasileira. É hora de darmos uma grande sacudida e retomarmos o nosso protagonismo histórico”, ressaltou Calixto, decano entre os dirigentes sindicais presentes ao evento.

Demandas específicas

De acordo com o coordenador do FST – Fórum Sindical dos Trabalhadores e Presidente da CONTEC, Lourenço Prado, o Seminário Nacional do Sistema Confederativo apresentou pautas concretas a serem cumpridas pelo movimento sindical, que preveem negociação, argumentação para persuadir governo, Poder Legislativo e os empregadores.

“Entretanto, se nenhuma destas iniciativas produzirem resultados, o movimento sindical vai adotar ações mais fortes tais como paralisações ou greves e campanhas pela não eleição ou reeleição de membros dos Poderes Legislativo e Executivo, que não estejam verdadeiramente comprometidos com a defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores”, afirmou Lourenço. Todos os pontos discutidos e aprovados durante o evento foram registrados na ‘Carta de Brasília’, documento redigido aprovado pelos participantes do encontro.

Um ponto de convergência das insatisfações dos dirigentes de entidades sindicais diz respeito à atuação do Ministério do Trabalho e emprego – MTE, da Justiça do trabalho e do Ministério Público do Trabalho – MPT, que vem produzindo uma ação conjunta nefasta, interferindo de forma indevida e inconstitucional no funcionamento, e até mesmo na sobrevivência, das entidades representativas de trabalhadores.

“Tanto o MTE, quanto o MPT, seja através de Notas Técnicas, Portarias, Termos de Ajuste de Condutas, entre outros instrumentos, tem produzido uma interferência prejudicial nas alterações estatutárias, eleições, mandatos de dirigentes sindicais, criando dificuldades nas arrecadações das contribuições financeiras devidas, além de outras formas ilegais de intimidação dos legítimos representantes dos trabalhadores”, acrescentou Lourenço.

Outro ponto de união entre todos os dirigentes, diz respeito ao fim do Fator Previdenciário. Durante a realização do seminário, essa bandeira foi defendida com veemência pelo senador Paulo Paim (PT-RS). “O movimento sindical tem que pegar o projeto de lei que prevê a extinção do Fator Previdenciário como bandeira de luta número um. Temos que dar um tranco nesta história”. O parlamentar considera o fator uma lei quase criminosa, que chega a ser caso de polícia. “Vocês sindicalistas e trabalhadores precisam dizer aos deputados federais que se não votarem o fator previdenciário neste ano, nós não votaremos em vocês nas eleições”, aconselhou o senador da República.

Seguindo o exemplo do FST, Paim também se posicionou totalmente contra o projeto da terceirização nos empregos.

Para minimizar o drama vivido por milhões de aposentados e pensionistas, ele sugeriu a criação do Banco da Previdência Social, com administração tripartite para cuidar de todas as arrecadações, sem desonerações e que todo esse dinheiro fosse revertido exclusivamente aos inativos do INSS.

Durante o Seminário, também foram oferecidas palestras e debates que trataram sobre ‘Saúde e segurança no trabalho’, ‘Contrato de curta duração’, ‘A precarização no trabalho e a representação dos trabalhadores’ e ‘Redução da jornada para 40 horas semanais’.

Frente parlamentar pela integridade dos trabalhadores
esg/dir Aroldo Pinto da Silva Garcia, Sec. Finanças, Miraldo Vieira
, Sec. Geral e Raimundo Salvador Bráz, dir. Feticom TO/GO/DF
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário – CONTRICOM, foi representada no Seminário Nacional do Sistema Confederativo pelo seu presidente, Francisco Chagas Costa (Mazinho), pelo Secretário Geral, Miraldo Vieira da Silva, pelo Secretário de Finanças, Aroldo Pinto da Silva Garcia e Raimundo Salvador da Costa Bráz, diretor da FETICOM TO/GO/DF e Geraldo Ramthum, presidente da FETRACONSPAR.

Para o presidente da CONTRICOM, Mazinho, a reunião nacional das entidades do sistema confederativo foi de suma importância ao se buscar a definição de uma pauta única e prioritária.
“Nós da construção civil, área onde se avolumam casos chocantes de mortes e acidentes de trabalho, vimos como extremamente positiva, a criação dentro do Congresso Nacional, de forma inédita, de uma frente parlamentar voltada para a prevenção dos acidentes de trabalho. Já estava mais do que na hora de os parlamentares se inteirarem dessa agenda social de extrema importância. Outro fator  que emergiu desse encontro foi a necessidade de se barrar no nascedouro essa excrescência que é a criação de contratos de trabalho de curta duração, aproveitando a desculpa da realização da copa do mundo. Isso não passa de enganação paras precariza ainda mais as relações de trabalho no Brasil, rasgando ao mesmo tempo a CLT e a Constituição”, alertou Mazinho.

Fonte: Assessoria de Imprensa CONTRICOM