sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Centrais fecham Pacto pelo Desenvolvimento e Distribuição de Renda

20/01/2012

 
Patah, Bira, Paulino e Wagner Gomes

As centrais sindicais CTB, CGTB, Força Sindical, NCST e UGT participaram na manhã desta sexta-feira (20) de um café da manhã, em São Paulo, para definir a agenda sindical para o próximo semestre e a organização do 1º de Maio. Como resultado do encontro, ficou acertada a construção de um Pacto pelo desenvolvimento, emprego e distribuição de renda.
Outro tema que ganhou destaque durante a reunião foi a questão da contribuição sindical. No último dia 12 de janeiro, a CUT, em dissonância com as demais centrais sindicais, enviou uma carta ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluzo, para pedir agilidade no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que trata da extinção do imposto sindical.
O julgamento da Adin, impetrada pelos Democratas, pede a extinção do imposto sindical e está parada no Supremo Tribunal Federal (STF) desde março de 2010, quando o ministro Carlos Ayres Britto, então presidente da corte, pediu vistas do processo.
Os sindicalistas demonstraram preocupação com a aprovaçãomedida, já que isso impossibilitaria a ação de diversos sindicatos pequenos, porém representativos, espalhados Brasil afora.
Para os dirigentes essa atitude deixaria os trabalhadores nas mãos dos patrões. “Precisamos alertar aos trabalhadores para o risco que é a extinção do imposto. Mostrar qual é o papel que as centrais têm desempenhado ao longo dos últimos quatro anos e o que isso representou para os trabalhadores”, destacou o presidente da CTB, Wagner Gomes completando: “É lamentável que num momento como esse, em que as centrais precisam se unir para garantir anaço para os trabalhadores, a CUT adote essa postura”.
Diante desse cenário preocupante, as centrais definiram o envio decidiram promover uma visita aos ministros do STF e enviar uma carta ao presidente, Peluso, com o objetivo de conscientizá-los para a importância que o imposto tem para as entidades sindicais.

Pelo mais desenvolvimento e salários
Preocupados com a pauta dos trabalhadores e os rumos da política macroeconômica do Brasil, durante a reunião os sindicalistas definiram a criação de um Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos.
Para o presidente da CTB está mais do que na hora de pressionar para que a agenda dos trabalhadores entre na pauta do Congresso Nacional.  “É preciso que se fortaleça o pacto de crescimento, o país precisa ter mais empregos e com qualidade. Mas para isso a presidenta vai pressionar do apoio dos trabalhadores”, destacou Gomes.
Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB, lembrou que a desindustrialização é uma das causas provocadas pela política econômica do governo, que mantém alta a taxa de juros associada ao câmbio desvalorizado.
Além da confecção do documento intitulado “Pacto pelo Desenvolvimento, Distribuição de Renda e Empregos”, ficou definida a realização de uma reunião com o empresariado, que deve acontecer na próxima semana, no sentido de unificar forças e fortalecer a luta dos trabalhadores. 

Dia do Trabalhador: menos juros e mais salários

Como último ponto da pauta, os dirigentes discutiram o mote do 1º de Maio, que neste ano deve girar torno da mudança na política macroeconômica do país com o tema “Desenvolvimento, com menos juros, mais salários e emprego”.
Para Nivaldo Santana, a saída para alavancar o desenvolvimento do país é lutar pela valorização do trabalhador, mudar os rumos da política macroeconômica, reduzindo a ainda altas taxa  de juros, para que haja mais recursos no financiamento da produção industrial e aquecimento do mercado interno.

Confira os pontos que compõem a agenda de lutas das centrais para 2012:
• Mudanças na política econômica – reduzir os juros, conquistar o desenvolvimento com valorização do trabalho, distribuir renda e fortalecer o mercado interno; Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução do salário;
• Fim do Fator Previdenciário, por uma política de valorização das aposentadorias;
• Regulamentação da terceirização para garantir os direitos dos trabalhadores;
• Ratificação da Convenção 158 da OIT para combater a rotatividade da mão de obra;
• Regulamentação da Convenção 151 da OIT, pelo direito de organização e negociação coletiva dos servidores públicos;
• Reformas agrária e urbana;
• 10% do Pré-sal para educação;
• Pela soberania nacional e autodeterminação dos povos.

Cinthia Ribas – Portal CTB

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