O presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Madeira do Estado da Bahia, FETRACOM-Ba, Edson Cruz dos Santos, revelou que entre 2010 a 2012 o número de trabalhadores no segmento dobrou, saindo de 150.000 para 300.000 no estado. “O governo federal estima que até 2022 o setor da construção civil continue em ascensão, respondendo por 10% do PIB.
Ainda sobre a Bahia, os números do crescimento dos negócios das empresas de construção confirmam o potencial da cadeia produtiva”, revela e acrescenta: “A média de lançamentos de novos imóveis residenciais por ano gira em torno de R$ 14 milhões. O valor total de financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo da Caixa foi de R$ 2,3 bilhões em 2010.
Em 2011 esse valor cresceu para R$ 3,5 bilhões. A Bahia foi o estado que teve maior participação, sendo 34% do total de financiamento no Nordeste. Em relação ao Brasil, sua participação foi em media 4,5% segundo levantamento feito pelo próprio Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia”.
Edson Cruz revela que um levantamento do governo federal aponta que o setor deve crescer até 2022, em media 6,1% ao ano. “O ganho de produtividade deve ser da ordem de 3% e a participação no PIB brasileiro pode sair de 8% para 9,5% ao ano. Tudo isso por conta da forte expansão da oferta de recursos para o setor imobiliário como o incremento do crédito e do financiamento habitacional, além de subsídios através de programas do governo federal para habitação de interesse social e o crescimento de investimentos em infraestrutura do PAC I e II são horizontes favoráveis à continuidade do cenário”, avalia.
Novos desafios - O presidente da FETRACOM-Ba, Edson Cruz dos Santos, disse que o piso salarial da categoria no interior é de R$ 1.012,00 e na capital do estado R$ 1.081 e que em 2010 os salários eram de R$ 905 para o trabalhador que se encontrava no interior e R$ 999 para o que se encontrava na capital.
“Entendemos que o segmento da construção continuará aquecido, mesmo com a entrega dos empreendimentos, pois estão sendo feitos novos lançamentos.
Há demanda por moradia. No entanto os desafios para o setor estão centrados na busca por melhores salários e melhores condições de trabalho, melhor qualificação para a mão de obra e a minimização do número de acidentes de trabalho”, cita.
Ele ressalta que há resistência de ambos os lados quando o assunto é segurança no ambiente de trabalho. “Há trabalhadores que não usam equipamentos, mas também os patrões não procuram à orientação e não zelam pelo ambiente seguro. Há pouco tempo acompanhamos um acidente gravíssimo num canteiro de obras envolvendo um elevador em péssimas condições de uso. Isso gerou mortes, o que foi lamentável e mostrou o descaso do patrão com os trabalhadores”, explica.
Fonte: Tribuna da Bahia
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