quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CTB conclama cetebistas a intensificar recadastramento no MTE



“A CTB conclama os companheiros das estaduais para intensificarem o processo de filiação e recadastramento para que apresentemos o nosso percentual de crescimento no movimento sindical de 2014”, reforça Wagner Gomes, secretário-geral da CTB. Isso porque o prazo para que os sindicatos cetebistas enviem para a central os dados de novas filiações e façam o recadastramento com a atualização sobre o número de sindicalizados se encerra em 31 de dezembro. “É fundamental não deixar para a última hora, pois os trâmites burocráticos podem emperrar o processo", defende Wagner.
"Essa aferição é importante para a CTB avaliar seu real crescimento neste ano e assim planejar novas medidas para ampliar ainda mais o seu crescimento no movimento sindical e na sociedade”, acentua.
Isso ocorre porque desde a publicação da Portaria 326/2013, O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) passou a exigir o uso de certificação digital no estágio final do recadastramento.  Os formulários para a atualização das informações estão no site do MTE (http://www3.mte.gov.br/cnes/default.asp). A verificação do índice de representatividade é realizada anualmente pelo MTE e apurada com base na quantidade de trabalhadores filiados aos sindicatos de cada central até o mês de dezembro.
A aferição da representatividade é prevista pela Lei nº 11.648, de 2008, que reconhece legalmente as centrais sindicais como entidades de representação dos trabalhadores. “Confiamos na celeridade dos nossos companheiros cetebistas em realizar essa tarefa com a seriedade que ela exige. É com essa aferição que a CTB poderá saber o tamanho da sua representação de norte a sul do país”, revela Wagner Gomes.

FONTE: Portal CTB

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Oxente. União de desiguais? Aonde!



Cláudio Mota *

Nada como uma eleição acirrada para as pessoas revelarem o que, realmente, pensam do seu País e dos "seus irmãos", todos convivendo num mesmo espaço territorial marcado pela diversidade cultural, mas também pelas desigualdades regionais e sociais.
No espaço do Facebook podemos observar extratos do pensamento da nossa sociedade. Vimos, por exemplo, como artistas e esportistas que tanto gostamos revelaram-se pessoas preconceituosas, especialmente contra os nordestinos. Além deles, sentimos o mesmo de pessoas que moram no Sul e no Sudeste do Brasil.
Uma coisa que se falou muito após o resultado das eleições foi que o Brasil saiu divido com a vitória de Dilma. Se fosse Aécio, seria uma vitória suada em uma disputa dramática, mas salutar para a democracia. Disse-se ainda que o grande desafio seria buscar a união do País. É claro que unir diferenças ajudará muito a evolução da própria sociedade. Mas, só se essa diversidade cultural for respeitada e aproveitada por todos na perspectiva de um mundo melhor. Além disso, as desigualdades regionais e sociais precisam ser eliminadas.
O problema é que a união que defendem se daria com a manutenção dessas desigualdades. Certamente, ricos querem um país unido com pessoas pobres que aceitam trabalhar em suas casas ou em suas fazendas sem carteira assinada e com menos de um salário mínimo. Hoje, as pessoas barganham melhor a valorização de sua mão de obra. Podem comprar muitas coisas e fazer tantas outras que antes não podiam. Isso tem irritado muitas dessas pessoas que destilaram seu ódio contra os nordestinos nas redes sociais.
Por séculos, quem governou o Brasil concentrou polos de desenvolvimento industrial nas regiões Sul e Sudeste, sem se preocupar com as outras partes do País. Isso, sim, dividiu a nação entre alguns que se acham superiores e outros, que nunca se acharam menores, mas foram sempre rotulados de inferiores.
Essa união baseada na manutenção das desigualdades, proposta pelas elites através dos grandes meios de comunicação, é falsa e hipócrita. União consistente e sincera é a realizada com pessoas no mesmo patamar econômico, em pé de igualdade. Assim, a diversidade sociocultural se torna o grande patrimônio de uma nova e melhor nação.
Um governo novo, que propõe ideias novas, deve radicalizar políticas de investimentos nas regiões que ainda precisam. Caso contrário, união nacional num país de preconceituosos e desiguais? Aonde

* Cláudio Mota e jornalista

FONTE: http://axecomdende.blogspot.com.br

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Números do TSE esvaziam discurso sobre divisão geopolítica do Brasil



Sudeste e Nordeste tiveram peso muito semelhante na reeleição de Dilma, contrariando ideia que atribui vitória petista apenas aos nordestinos. Radicais pedem que São Paulo se separe do país
São Paulo – As redes sociais amanheceram hoje (27) com algumas novas demonstrações racistas de ressaca eleitoral entre correligionários do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. A intolerância contra nordestinos – criticados por preferirem Dilma Rousseff no primeiro turno – foi além do discurso sobre a divisão geopolítica do Brasil e chegou ao separatismo. Uma ira, porém, que não resiste aos números.
Um dos principais porta-vozes da recente onda secessionista é o vereador da cidade de São Paulo, Coronel Telhada (PSDB), ex-comandante da tropa de elite da Polícia Militar, entusiasta da ditadura e recém-eleito deputado estadual com 254.074 votos. “Que o Brasil engula esse sapo atravessado. Acho que chegou a hora de São Paulo se separar do resto desse país”, lamentou, em sua página no Facebook, reproduzindo um cartaz que convocava paulistas a lutarem durante a Revolução Constitucionalista de 1932 contra o então presidente Getúlio Vargas.
“Já que o Brasil fez sua escolha pelo PT, entendo que o Sul e Sudeste (exceto Minas Gerais e Rio de Janeiro, que optaram pelo PT) iniciem o processo de independência de um país que prefere esmola do que o trabalho, preferem a desordem ao invés da ordem, preferem o voto de cabresto do que a liberdade”, queixou-se, antes de questionar: “Por que devemos nos submeter a esse governo escolhido pelo Norte e Nordeste? Eles que paguem o preço sozinhos.”
A simples conferência das urnas, porém, desmonta o discurso do coronel tucano. De acordo com números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nordeste e Sudeste tiveram participação muito semelhante na vitória da candidata petista. A presidenta Dilma Rousseff obteve um total de 54,5 milhões de votos no segundo turno. A região tão atacada por setores da elite paulista contribuiu com 20,2 milhões de votos – 37% dos sufrágios ao PT. No Sudeste, 19,9 milhões de pessoas escolheram a presidenta – o que representa 36,5% dos votos em Dilma.
Por sua vez, Aécio Neves teve quase 6 milhões de votos de vantagem sobre Dilma Rousseff no Sudeste – 25,4 milhões –, mostrando que a região não apoia com tanta ênfase o tucano em detrimento da petista. O representante do PSDB, porém, conseguiu apenas 7,9 milhões de votos entre os nordestinos – pouco mais de um terço da votação obtida pela presidenta na região. Fica claro, portanto, que o Nordeste prefere amplamente Dilma Rousseff. Mas não é verdade que essa preferência se reflete com tanta ênfase para Aécio Neves no Sudeste.
Há certo equilíbrio entre a votação recebida por Dilma e Aécio no Norte do país. Os estados amazônicos concederam 4,4 milhões de votos à petista e 3,3 milhões ao tucano. A balança tampouco pende muito para Aécio no Centro-Oeste, onde obteve 4,3 milhões de votos contra 3,2 milhões de Dilma. No Sul, a vantagem do tucano é um pouco maior: 9,6 milhões contra 6,8 milhões. Os números do TSE, portanto, permitem dizer que, se há divisão política, ela abrange todo o país: pende para o PSDB no Sudeste e muito favoravelmente para o PT, no Nordeste.

FONTE: RBA (Rede Brasil Atual)