terça-feira, 30 de abril de 2013

Pequenos empreendedores detêm 40% dos empregos no país, diz SAE

Os pequenos empreendedores respondem, diretamente, por 40% dos postos de trabalho disponíveis no país, segundo a publicação “Vozes da Classe Média”, divulgada nesta segunda-feira (29) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
POSTOS DE TRABALHO
OcupaçãoPostos de trabalho (em milhões)Participação no total
(em %)
Pequenos empregadores33
Trabalhadores por conta própria1921
Empregados em pequenos empreendimentos1516
Total (pequenos empregadores, empregados em pequenos empreendimentos e trabalhadores por conta própria3740
Todos os trabalhadores do país92100

Dos 92 milhões de trabalhadores estimados no Brasil, 22 milhões são pequenos empreendedores. Destes, 19 milhões são trabalhadores por conta própria, e 3 milhões são empregadores com até 10 empregados. Somente fora do setor agropecuário, os pequenos empreendimentos empregam 15 milhões de trabalhadores, aponta a SAE.
Ao todo, os pequenos empreendedores são diretamente responsáveis por 37 milhões de postos de trabalho, somando os postos dos próprios empreendedores e os daqueles que eles empregam.
Na última década, no entanto, o número de pequenos empregadores diminuiu, recuando em 120 mil de 2001 a 2011. O aumento de postos de trabalho cresceu principalmente em função da contratação de mais empregados pelos pequenos empreendimentos, com a média de empregados passando de 4,8 para 6,4. Já o número dos trabalhadores por conta própria cresceu pouco – 2 milhões no período analisado.
Dos 15 milhões de postos de trabalho gerados na última década, 6 milhões foram resultado da expansão no número de pequenos empreendedores e nos empregos que geram – 39% do total.
 
Lá fora
Segundo a SAE, usando dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em relação à média mundial o Brasil tem uma maior proporção de empregadores e trabalhadores por conta própria em sua força de trabalho.
No Brasil, 4,3% da força de trabalho é formada por empregadores, enquanto a média mundial é de 3,9%. Já entre os trabalhadores por conta própria, no Brasil eles representam 20,5% do total, enquanto a média mundial é de 19,5%.
Formalização e renda
Dos 6 milhões de novos postos de trabalho que os pequenos empreendedores geraram ao longo da última década, 95% eram formais.
Em média, segundo a pesquisa, a remuneração nos postos de trabalho nos pequenos empreendimentos é de R$ 1,2 mil mensais, pouco menor que a do conjunto dos trabalhadores brasileiros, de R$ 1,3 mil. Com quase 40 milhões de postos de trabalho, a massa de rendimentos supera R$ 500 bilhões por ano “o que representa 39% do volume total de remunerações do País e é superior ao PIB de diversos países, como o Chile”, diz a SAE.
No período analisado, a remuneração dos empregadores teve um crescimento anual de 0,6% ao ano, enquanto a de seus empregados e a dos trabalhadores conta própria cresceu a uma taxa superior a 2% ao ano.
“Não por acaso a porcentagem de empregados dos pequenos empreendedores que pertencia à classe baixa foi reduzida à metade de sua posição inicial, passando de 36% em 2001 para 17% em 2011. O resultado disso é que, hoje, quase dois terços (2/3) dos empregados dos pequenos empreendedores já integram a classe média”, afirma SAE.
Houve redução, também, na fatia de pequenos empreendedores (empregadores e conta própria) pertencentes à classe baixa, passando de 39% em 2001 para 21% em 2011. Outros 49% pertencem à classe média (ante 41% em 2001), enquanto 30% são da classe alta.
“A expansão da classe média entre os pequenos empreendedores poderia ter sido ainda mais acentuada. Só não o foi porque a classe alta também se expandiu significativamente (10 pontos percentuais, passando de 20% dos empreendedores para 30%)”, aponta o documento.
Entre os trabalhadores por conta própria, 51% pertencem à classe média, enquanto 23% estão na classe baixa e 26% na classe alta.

Fonte: G1, 30 de abril de 2013

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