O escritor Frei Betto avalia que a onda de protestos no Brasil e no mundo demonstra uma insatisfação, principalmente dos mais jovens, em relação ao capitalismo e aos sistemas partidários e pondera que é preciso encontrar alternativas aos problemas detectados. "Não basta denunciar as mazelas do sistema. É preciso apontar alternativas, caso contrário as insatisfações dos jovens se transformarão em revolta, e esta, em ninho aconchegante para o ovo da serpente que é o nazifascismo."
Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, Frei Betto diz que as manifestações ocorridas em diferentes lugares do mundo nos últimos anos tem como denominador comum a denúncia de mazelas do sistema, como ditaduras, neoliberalismo, desemprego, corte de direitos sociais e alta do custo de vida, mas faltam propostas – a exemplo do que ocorreu na Inglaterra, em 2010, e em Nova York, em 2011, no movimento do Occupy Wall Street. "Os jovens sabem o que não querem, mas não têm clareza do que propor. A juventude não identifica nos atuais partidos condutos capazes de representá-la e representar os anseios populares e criarem alternativas de poder." Para o assessor de movimentos sociais, a exemplo do que fez o Fórum Social Mundial e a Teologia da Libertação, é preciso apresentar outros mundos possíveis, em que a igualdade de direitos não ameace a diversidade de culturas.
Segundo o escritor, essa falta de representatividade se deve a fatores como o alto índice de corrupção nos partidos políticos e a mudança na ação de partidos progressistas, "até então" considerados de esquerda. "Esses partidos se deixam domesticar quando se tornam governo e trocam projeto de país por projeto de poder, se afastam de movimentos sociais e se aproximam dos seus antigos adversários. Quando chegam ao poder, se restringem a ser meros gestores da crise econômica."
Ele considera que a reforma política proposta pela presidente Dilma Rousseff foi a "primeira medida estrutural" em dez anos de governo petista, mas critica a postura do Congresso e da Câmara dos Deputados de "escantear" a proposta. "E eles nem sequer falam nas demais reformas estruturais como a agrária e a tributária, que são essenciais para melhorar o Brasil."
Ouça a análise completa na Rádio Brasil Atual.
Em sua coluna na Rádio Brasil Atual, Frei Betto diz que as manifestações ocorridas em diferentes lugares do mundo nos últimos anos tem como denominador comum a denúncia de mazelas do sistema, como ditaduras, neoliberalismo, desemprego, corte de direitos sociais e alta do custo de vida, mas faltam propostas – a exemplo do que ocorreu na Inglaterra, em 2010, e em Nova York, em 2011, no movimento do Occupy Wall Street. "Os jovens sabem o que não querem, mas não têm clareza do que propor. A juventude não identifica nos atuais partidos condutos capazes de representá-la e representar os anseios populares e criarem alternativas de poder." Para o assessor de movimentos sociais, a exemplo do que fez o Fórum Social Mundial e a Teologia da Libertação, é preciso apresentar outros mundos possíveis, em que a igualdade de direitos não ameace a diversidade de culturas.
Segundo o escritor, essa falta de representatividade se deve a fatores como o alto índice de corrupção nos partidos políticos e a mudança na ação de partidos progressistas, "até então" considerados de esquerda. "Esses partidos se deixam domesticar quando se tornam governo e trocam projeto de país por projeto de poder, se afastam de movimentos sociais e se aproximam dos seus antigos adversários. Quando chegam ao poder, se restringem a ser meros gestores da crise econômica."
Ele considera que a reforma política proposta pela presidente Dilma Rousseff foi a "primeira medida estrutural" em dez anos de governo petista, mas critica a postura do Congresso e da Câmara dos Deputados de "escantear" a proposta. "E eles nem sequer falam nas demais reformas estruturais como a agrária e a tributária, que são essenciais para melhorar o Brasil."
Ouça a análise completa na Rádio Brasil Atual.
FONTE: Rede Brasil Atual, 16 de julho de 2013
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