Mais da metade das maiores cidades brasileiras que definiram o vencedor
no 1º turno serão governadas por prefeitos milionários.
Segundo levantamento do G1, dos 37 prefeitos já eleitos para cidades com
mais de 200 mil eleitores, 23 declararam ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
patrimônio de R$ 1 milhão ou mais – o Brasil tem 92 cidades com população nessa
casa.
O prefeito mais
rico da lista é Vittorio Medioli (PHS), de Betim (MG), que declarou bens no
valor total de R$ 352.572.936,23. Em seguida vêm o prefeito de São Paulo João
Doria (PSDB), com R$ 179.765.700,69, e o prefeito de Salvador (BA) ACM Neto
(DEM), com R$ 27.886.721,62.
Além de São Paulo
e Salvador, Natal e João Pessoa são as outras capitais com prefeitos
milionários. Já os prefeitos de Rio Branco, Teresina e Boa Vista têm patrimônio
abaixo de R$ 500 mil.
Os estados com
mais milionários entre os prefeitos eleitos para as maiores cidades brasileiras
são: São Paulo e Minas Gerais. Onze dos 23 são de municípios paulistas e
quatro, de cidades mineiras.
O partido com
mais prefeitos milionários da lista é o PSDB, com dez dos 23.
2º TURNO
O número de
prefeitos com patrimônio maior que R$ 1 milhão certamente aumentará quando as
urnas forem abertas para apurar o 2º turno.
Das 55 cidades em
que haverá votação em 30 de outubro, 30 possuem, pelo menos, um milionário na
disputa. Os mais endinheirados ainda na disputa são Udo Dohler (PMDB), em
Joinville (SC), com R$ 11.375.509,62; Dr. Hildon (PSDB), em Porto Velho (RO),
com R$ 11.261.219,90; Raul (PV), em Bauru (SP), com R$ 5.501.714,06; e Sidnei
Rocha (PSDB), em Franca (SP), com R$ 4.731.357,23.
Em seis dessas
cidades, os candidatos ainda no páreo pela cadeira de prefeito são dois
milionários. Ou seja, com certeza, ao fim da eleição, serão, pelo menos, 29 os
prefeitos com patrimônio superior a R$ 1 milhão.
Se todos os
milionários na disputa se elegerem, o Brasil terá 59 – ou seja, mais da metade
-, de suas grandes cidades governadas por donos de contas bancárias com valores
superiores a seis zeros.
(Flávia Mantovani
e Helton Simões Gomes – G1)
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