segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Em nota, centrais prometem um ano de ampla mobilização em 2013

Reunido em São Paulo nesta segunda-feira, 17, o Fórum das Centrais Sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central), após analisar a conjuntura, aprovou a seguinte nota:

1 - Trabalhar no sentido de viabilizar em 2013 uma ampla mobilização nacional em torno da agenda da classe trabalhadora por um novo projeto nacional de desenvolvimento orientado por três valores fundamentais: valorização do trabalho, soberania e democracia;

2 - Realizar no dia 6 de março uma grande manifestação em Brasília com o objetivo de defender as bandeiras imediatas e históricas do sindicalismo contempladas no projeto nacional das centrais, destacando o fim do fator previdenciário, a reforma agrária  e a redução da jornada de trabalho sem redução de salários;

3 - Lutar contra o sucateamento do Ministério do Trabalho e pela revalorização do órgão;

4 - Reiterar a crítica à política econômica, apesar de reconhecer os avanços em relação às taxas de juros e spread bancário, tendo em vista a manutenção de uma política fiscal conservadora, ancorada num superávit primário que deprime a taxa de investimentos e impede o atendimento das demandas sociais, no câmbio ainda flutuante e na excessiva liberalidade em relação ao capital estrangeiro, que estimula a desnacionalização da economia e o aumento das remessas de lucros ao exterior;

5 - Criticar a falta de disposição do governo e da presidenta Dilma para negociar a agenda desenvolvimentista da classe trabalhadora, o que ocorre em notório contraste com o tratamento VIP dispensado aos representantes do capital;

6 - Cerrar fileiras pela manutenção e ampliação dos direitos e conquistas sociais e combater a retomada de uma agenda regressiva, postulada pelo patronato, que propõe a supressão de direitos trabalhistas a pretexto de reduzir o chamado Custo Brasil;

7 - Conclamar todas as categorias a preparar campanhas salariais unificadas, com a participação de todas as entidades representativas dos trabalhadores, e ao conjunto dos movimentos sociais, sociedade civil e forças democráticas e progressistas a participar solidariamente no esforço de mobilização nacional em torno da agenda pelo desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania e democracia.

São Paulo, 17 de dezembro de 2012.

Wagner Gomes – Presidente da CTB
Paulo Pereira da Silva – Presidente da Força Sindical
Ricardo Pattah – Presidente da UGT
José Calixto – Presidente da Nova Central
Vagner Freitas – Presidente da CUT

Um comentário:

  1. Já estava na hora de balançar esse país. Os trabalhadores não podem assistir tudo pacificamente, é preciso ocupar as ruas e dizer a presidenta Dilma que os trabalhadores precisam ser ouvidos na hora de dar incentivos aos empresários. Não aceitamos mais, as mortes por acidentes de trabalho, não aceitamos mais carga horária excessiva, não aceitamos trabalhar até a morte, não aceitamos mais os baixos salários. Parabéns as centrais pela sábia decisão. 2013 será de muita luta e grandes conquistas.

    Os acidentes de trabalho custam ao país cerca de R$ 71 bilhões por ano, de acordo com estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o que representa cerca de 9% da folha salarial anual dos trabalhadores do setor formal no Brasil, que é R$ 800 bilhões. "se fosse invetidos em prevenção a segurança, não haveria necessidade de dar incentivos aos empresários e portanto não colocaria a Previdencia Social em risco"

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