quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Governo propõe salário mínimo de R$ 722,90 e não prejudicará a criação de empregos

Karine Melo
Repórter da Agência Brasil


Brasília - O novo valor do salário mínimo deverá ser R$ 722,90. O anúncio foi feito há pouco pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Ela esteve no Congresso para entregar ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), a peça orçamentária de 2014. O texto deve ser votado pela Câmara e pelo Senado até o fim do ano.
O reajuste passa a valer em 1º de janeiro de 2014. O valor atual do mínimo é R$ 678.
“O novo valor incorpora a regra de valorização do salário mínimo que tem sido uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil, que tem nos levado a patamares de qualidade de vida muito superiores”, disse Belchior.
Edição: Talita Cavalcante


Novo salário mínimo não prejudicará a criação de empregos, diz ministro


O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, disse que o aumento do salário mínimo não prejudicará a geração de empregos e o esforço fiscal. "O governo tem o controle das contas, tem superávit para administrar." O novo mínimo, previsto no Orçamento (R$ 722,90), deverá entrar em vigor no dia 1º de janeiro do próximo ano







Fonte: Agencia Brasil

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Eternit terá de custear tratamento médico para ex-funcionários expostos a amianto

A empresa Eternit S.A. foi condenada a pagar as despesas com assistência médica integral dos ex-empregados de sua unidade de Osasco (SP). A liminar concedida pela juíza Raquel Gabbai de Oliveira, da 9ª Vara do Trabalho de São Paulo, foi dada na ação civil pública do MPT (Ministério Público do Trabalho) movida contra a empresa devido a prolongada exposição de funcionários ao amianto, mineral utilizado para fabricar telhas e caixas d’água. O órgão ainda pede indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 1 bilhão.

A decisão prevê que todos os ex-funcionários da Eternit em Osasco, que não estejam inscritos em plano de saúde custeado pela empresa, devem ter atendimentos e procedimentos médicos, nutricionais, psicológicos, fisioterapêuticos, terapêuticos, interações e medicamentos pagos pela Eternit, sob o risco de multa de R$ 50 mil por empregado, a ser reversível a entidade de atuação na área de saúde a ser especificamente indicada pelo autor.

Em uma amostra de mil ex-trabalhadores da Eternit em Osasco, avaliados pela Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho), quase 300 adoeceram por contaminação. Destes, 90 morreram entre 2000 e 2013.


As placas pleurais são as doenças mais frequentemente encontradas nesses trabalhadores, associadas ou não a outras patologias relacionadas ao amianto. A asbestose, conhecida como “pulmão de pedra”, é uma dessas patologias. Progressivamente, destrói a capacidade do órgão de contrair e expandir, impedindo o paciente de respirar. Normalmente, a asbestose se manifesta décadas após a contaminação, num intervalo de 10 anos, 20 anos ou até 30 anos. Primeiro, vem uma inflamação contínua, que vai piorando com o tempo até se configurar em câncer. Segundo o MPT, este pode ser o motivo pelo qual é grande o números de pessoas que adoeceram quando já não mais trabalhavam na Eternit.De acordo com o MPT, a empresa manteve a planta industrial de Osasco funcionando por 52 anos, com mais de 10 mil trabalhadores, apesar de ter conhecimento das consequências do uso do amianto. Como se trata de um pedido de condenação em prol da coletividade, caso a Eternit seja condenada em danos morais coletivos, o valor de R$ 1 bilhão deverá ser destinado a instituições públicas que atuam com saúde e segurança do trabalho ou ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

De acordo com informações publicadas pelo portal UOL, a Eternit alegou que “ainda não teve conhecimento do inteiro teor da ação e que irá se manifestar somente após a avaliação de seus advogados.”


Fonte: Última Instancia, 28 de agosto de 2013

Não ao PL 4.330!

"O PL 4.330 é um novo golpe, duro e cruel. Aprová-lo significa retroceder ao menos dois séculos de construção de uma lógica social. É preciso dizer não!", afirma Valdete Souto Severo, juíza do trabalho.

Eis o artigo.
A votação do projeto de lei que disciplina a terceirização no Brasil foi adiada uma vez mais. A pressão dos trabalhadores surtiu efeito. O projeto chancela a dupla exploração do trabalhador.

A exploração do trabalho humano pelo capital sob a forma terceirizada cria uma realidade em que o empregado se vê diante de dois ou três patrões, obedecendo a ordens de uma estrutura pulverizada e correndo o risco constante do não pagamento de seus salários. A Justiça do Trabalho tem convivido diariamente com situações em que empresas terceirizadas, com pouco ou nenhum capital, somem no ar sem deixar vestígios. A realidade demonstra que essa figura do tomador, porém, constitui-se mero disfarce. A empresa contratante emprega a força de trabalho, mas não se sente por ela responsável.

Outro dia, um acidente fatal vitimou um empregado da construção civil que trabalhava na obra contratado por uma terceirizada, por sua vez contratada pela empresa responsável pela construção. A empresa responsável pela obra declarou, no processo, que atendeu a todas as exigências de segurança e que não pode responder pela terceirizada, com quem mantém mera relação comercial. A terceirizada defendeu-se alegando culpa exclusiva da vítima, que trabalhava na parte térrea da obra, quando foi atingida na cabeça por uma viga de concreto que esmagou seu cérebro. Eram mais de 50 empresas terceirizadas trabalhando ao mesmo tempo: precisavam concluir logo!

Diante da realidade da vida, que não se esconde em fórmulas ou conceitos dissimuladores, o que temos é um ser humano cuja vida terminou de forma prematura. E pouco importam as denominações. Quem explorava a sua força vital e permitiu que ela fosse extinta? A terceirizada? A tomadora dos serviços? O dono da obra?

Empregador é quem emprega, quem utiliza o trabalhador como meio para a consecução da sua atividade, quase sempre econômica. A Súmula 331 do TST, que vergonhosamente destrói regras jurídicas existentes, criando conceitos novos e contrários à lógica do Direito do Trabalho, iniciou o processo de banalização do mal nas relações de trabalho. O PL 4.330 é um novo golpe, ainda mais duro e cruel. Aprová-lo significa retroceder ao menos dois séculos de construção de uma lógica social. É preciso dizer não!

Fonte: IHU, 28 de agosto de 2013

Conselho aprova R$ 67 bi para seguro-desemprego e abono salarial

O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) terá R$ 67,1 bilhões disponíveis no ano que vem para custear despesas com o seguro-desemprego e abono salarial dos trabalhadores. A proposta de orçamento foi aprovada ontem (27) pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat).

Entre as principais despesas do FAT estão R$ 31,2 bilhões para o pagamento do seguro-desemprego e R$ 15,8 bilhões para o benefício do abono salarial. Para a qualificação de trabalhadores o valor aprovado foi R$ 513 milhões, e outros R$ 738,6 milhões foram aprovados para o custeio da rede de atendimento do Sistema Nacional de Emprego (Sine). O valor final a ser aplicado no setor ainda deve ser aprovado na Lei Orçamentária Anual.

O Codefat é formado por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo, e atua como órgão gestor do FAT.


Fonte: Agência Brasil, 28 de agosto de 2013

"PL 4.330 conduz a nação a um futuro de empresas sem empregados", diz Anamatra

Ampliar a terceirização de forma que seja possível a prática até mesmo na atividade-fim da empresa. Essa é a previsão do Projeto de Lei nº 4330/04, em tramitação na Câmara dos Deputados, e também o entendimento do ministro do Trabalho, Manoel Dias. Em entrevista, Dias defendeu a ampliação da prática para todas as atividades da economia.

Para o presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho - Anamatra, Paulo Luiz Schmidt, as declarações do ministro são preocupantes. “O discurso reforça uma posição de afronta aos princípios do Direito do Trabalho e à própria dignidade do trabalhador, prevista na Constituição Federal. O PL 4.330/04 conduz a nação a um futuro de empresas sem empregados, onde a terceirização vai ocorrer em qualquer etapa da cadeira produtiva”, alerta o magistrado, lembrando que isso contraria a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que proíbe a prática da terceirização na atividade-fim.

Schmidt lembra que as declarações do ministro Manoel Dias vão de encontro às preocupações da própria presidente da República, Dilma Rousseff. Em entrevista, na semana passada, a presidente afirmou que o governo federal é contra qualquer processo que comprometa direitos dos trabalhadores, que impacte a negociação coletiva ou que precarize as relações de trabalho. “As declarações do ministro e a própria essência do projeto em discussão são totalmente dissonantes das preocupações da presidente”, alerta Paulo Schmidt. “Não acredito que o PDT, partido de origem do ministro e que tem o trabalhismo de Getúlio Vargas em sua origem, compartilham desse entendimento”, completa o magistrado.

O presidente da Anamatra lembra que um dos problemas da regulamentação da terceirização nos moldes como vem sendo discutido no Congresso, é a falta de isonomia de salários e de condições de trabalho entre empregado direto e o terceirizado. “Basta comparar o nível remuneratório de dois trabalhadores, um empregado direto e um terceirizado na mesma empresa. A diferença é de, no mínimo, um terço. Isso é comprometer direitos e precarizar relações”, alertaPaulo Schmidt. Para o magistrado, isso corrobora para a tese de que o projeto segue uma lógica mercantilista e de estímulo à terceirização de forma irresponsável e sem freios.

Aumento da prática
Na visão de Paulo Schmidt, a regulamentação da terceirização nos moldes como está sendo proposta na Câmara vai significar o aumento desenfreado dessa forma de contratação.

“O Brasil tem hoje cerca de 43 milhões de pessoas empregadas. Deste total, mais de 11 milhões são trabalhadores terceirizados. Se a lei permitir a terceirização para a atividade-fim, sem isonomia e sem responsabilidade solidária, com subcontratação liberada, posso afirmar que em menos de 10 anos essa proporção vai se inverter. Perspectivas negativas indicam que, com o texto aprovado, dez milhões dos 32 milhões de empregados diretos migrarão para a terceirização nos próximos cinco anos, o que resultará numa drástica redução da massa salarial no período. Não é demais estimar que, em dez anos, o número de terceirizados venha a ultrapassar o de empregados diretos das empresas. Do ponto de vista social, isso é um retrocesso sem precendentes, com aumento drástico da concentração de renda e consequente diminuição do fator trabalho na renda nacional”, analisa o presidente.


Fonte: IHU, 28 de agosto de 2013

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Conta secreta na Suíça abasteceu propinoduto do PSDB, diz revista

Documentos recebidos da Suíça pelo Ministério da Justiça comprovam a existência de uma conta bancária no país europeu para abastecer o propinoduto do governo do PSDB em São Paulo. Segundo reportagem publicada na edição desta semana da revista IstoÉ, a conta batizada de “Marília” movimentou o equivalente a R$ 64 milhões de reais (20 milhões de euros) entre 1998 e 2002, e garantiu o pagamento por lobistas a agentes públicos subornados para favorecer empresas envolvidas no esquema de cartel e corrupção no transporte público.
Uma análise preliminar feita pelos repórteres Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura indica que Alstom e Siemens compartilharam a conta para garantir uma operação de lavagem de dinheiro que beneficiou, segundo fontes do Ministério Público Estadual, Robson Marinho, o conselheiro do Tribunal de Contas que foi homem da confiança e coordenador de campanha do ex-governador tucano Mário Covas. Também da Marília saíram recursos para contas das empresas  Arthur Teixeira e José Geraldo Villas Boas, que seriam lobistas que atuaram como intermediários para a propina paga a funcionários tucanos pelas multinacionais.
Teixeira e o irmão dele, Sérgio, foram responsáveis por abrir empresas e offshores com o objetivo de garantir o pagamento de comissões a servidores públicos e políticos do PSDB. Segundo a IstoÉ, Teixeira tem acesso fácil ao secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e ao diretor de Operação e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), José Luiz Lavorente, o encarregado da distribuição em mãos da propina.
O banco no qual foi aberta “Marília, o Multi Commercial Bank, hoje  Leumi Private Bank AG, também foi citado em outros esquemas de corrupção tucanos. O Ministério Público já havia descoberto uma conta bancária em nome de Villas Boas e  de Jorge Fagali Neto. Fagali Neto foi secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo na gestão de Luiz Antônio Fleury Filho. No governo federal de Fernando Henrique Cardoso (1997-2005), dirigiu os Correios (1997) e a área de projetos de ensino superior do Ministério da Educação (2000 a 2003).
Segundo a Polícia Federal, Fagali, mesmo fora do governo paulista, manteve ascendência e contatos, tendo sido indiciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Ele é irmão de José Jorge Fagali, que presidiu o Metrô na gestão de José Serra. José Jorge é acusado pelo MP e pelo Tribunal de Contas Estadual de fraudar licitações e assinar contratos superfaturados à frente do Metrô.
Na visão dos investigadores, a “Marília” era uma espécie de central de recursos de outras contas que abasteceram empresas e fundações de fachada. O MP pediu, sem sucesso, que as autoridades suíças e francesas promovessem o arresto de bens e o  bloqueio das contas das pessoas físicas e jurídicas envolvidas no caso. Ainda de acordo com a IstoÉ, os investigados apelaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para evitar ações deste tipo no Brasil.
Enquanto isso, diz a revista, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) apura a vigência do esquema ainda hoje. A leitura é de que há fortes indícios de que as fraudes ocorreram em contratos assinados por José Serra (2007-2010) e pelo governador Geraldo Alckmin. Entram na lista os acordos para reformar as linhas 1, Azul, e 3, Vermelha, firmados em 2008 e 2009, com vigência de cinco anos e meio, somando R$ 1,7 bilhão, e divididos entre as empresas participantes do cartel trazido à tona pela Siemens.
O TCE vai julgar casos que envolvam as 18 corporações denunciadas. Entre os contratos está o de fornecimento de 40 trens de oito carros firmado entre a CPTM e a espanhola CAF durante a gestão Serra. Um e-mail que está com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), subordinado ao Ministério da Justiça, mostra um executivo informando que o então governador e  seu secretário de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, sugeriram que a Siemens dividisse o contrato bilionário com a CAF, vencedora da disputa. 


FONTE: Rede Brasil Atual, 26 de agosto de 2013

PL 4330 ataca direitos dos trabalhadores

A ideia da terceirização surgiu na Segunda Guerra Mundial, quando as empresas produtoras de armas estavam sobrecarregadas com a demanda, verificaram que poderiam delegar serviços a terceiros que seriam contratados para dar suporte ao aumento da produção.

No Brasil, a terceirização foi introduzida por empresas multinacionais aproximadamente na década de 1950.  As empresas de limpeza também são consideradas pioneiras, pois atuam no mercado brasileiro desde 1967. Com o advento dos Decretos Leis nº 1.212 e 1216 de 1966, os bancos passaram a utilizar os serviços de segurança bancária prestados por empresas particulares.

Com a predominação da globalização e do capitalismo avançado, têm surgido novas formas de relacionamento entre o capital e o trabalho. Nesse sentido, apresenta-se a terceirização como um fenômeno de influências negativas diretas e indiretas para os trabalhadores, sobretudo nas formas de contratação, salários, benefícios, saúde e segurança no trabalho, além das dificuldades de se organizarem.

A terceirização impede a geração de mais vagas de trabalho; impõe salários mais baixos (em média 27% menor); aumenta o número de acidentes e mortes; jornada maior de trabalho; aumenta a rotatividade; impede a criação de empregos, além da falta de representação sindical.

Para completar o cenário ruim para os trabalhadores a Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara Federal aprovou no dia 09 de junho de 2011, Projeto de Lei 4330/04, de autoria do deputado/empresário Sandro Mabel (PR-GO), que regulamenta a terceirização no Brasil, representando um ataque direto à legislação trabalhista e aos trabalhadores. Na prática, este projeto nefasto propõe a desregulamentação das relações formais de trabalho, negando a CLT e toda a legislação trabalhista.

Ele representa praticamente o fim das categorias formais reguladas por acordos e convenções coletivas negociadas pelos sindicatos, jogando por terra toda a história de luta dos trabalhadores. É um ataque à própria Constituição Federal, que assegura o valor social do trabalho como base estruturante da sociedade brasileira.

O projeto prevê a autorização da terceirização em empresas privadas e públicas, estabelece responsabilidade subsidiária, permite trabalhador contratado como PJ, diferencia trabalhadores, autoriza subcontratação em vários níveis além de desconsiderar CLT.

Esse projeto, que tem como relator o deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB-BA), está pautada para votação no dia 14 de agosto de 2013 e já recebeu parecer favorável para aprovação, o que se aprovado trará prejuízos imensuráveis para todos trabalhadores.

O movimento sindical através das centrais sindicais CTB, CUT, CGTB, UGT e a Nova Central, divulgaram carta aberta à sociedade contra o substitutivo ao PL 4330/04, denunciando os malefícios que o projeto representa para os trabalhadores, envidando esforços no sentido de barrar a sua aprovação.

A Conferencia Nacional dos Bancários deliberou por uma campanha intensa nas ruas e atuação no Congresso Nacional para derrotar o projeto nefasto que visa subtrair direitos conquistados através de muitas lutas e embates travados ao longo dos anos em busca de uma sociedade mais justa e igualitária, reafirmando um dos princípios básicos da Constituição que é a dignidade da pessoa humana.

José Antonio dos Santos é diretor da Federação dos Bancarios da BA/SE e funcionário do Santander

Quantidade de Mulheres Trabalhando na Construção Civil Aumenta 65%

Nos últimos dez anos houve um aumento de 65% no número de mulheres trabalhando na construção civil
Nos últimos dez anos houve um aumento de 65% no número de mulheres trabalhando na construção civil.
A construção civil vem avançando cada vez mais em todo o país. Consequentemente a quantidade de vagas de emprego também aumenta. Mas agora quem está invadindo o mercado de trabalho deste setor são as mulheres.
O RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais) do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) revela que o número de mulheres trabalhando na construção civil aumentou 65% nos últimos dez anos. Um dos motivos para essa ‘invasão’ seria a falta de mão de obra qualificada masculina trabalhar na área.
Têm mulheres serventes, pedreiras, carpinteiras, soldadoras, entre outras atividades desenvolvidas na construção civil. De acordo com o MTE, em 2008, aproximadamente 138 mil mulheres trabalhavam no ramo, que até então, era exclusivamente ocupado por homens.
Em 2010, foram contabilizadas mais de 200 mil trabalhadoras com carteira assinada no país, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção). Isso equivale a 8% do total de profissionais que trabalham na construção civil.


FONTE: O Regional

domingo, 25 de agosto de 2013

Adilson Araújo: "Devemos fazer uma gestão planejada, ousada e audaciosa"

A partir deste sábado, 24 de agosto de 2013, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil conta com um novo presidente. Trata-se de Adilson Araújo, 45 anos, ex-presidente da CTB no estado da Bahia por dois mandatos e destacado dirigente do Sindicato dos Bancários daquele estado.
 MAU4265
Araújo iniciou sua militância sindical e política no final dos anos 80. Ele participou da fundação da CTB em dezembro de 2007 e, na esfera institucional, foi também presidente do Conselho Estadual de Trabalho e Renda da Bahia (CETER-BA), representando a bancada dos trabalhadores. O dirigente assume a presidência da CTB nacional em um momento de consolidação da Central, dentro de uma perspectiva de crescimento que deve colocá-la, a médio prazo, entre as três maiores entidades do país. Para araújo, essa tarefa exigirá da nova Direção uma gestão planejada, ousada e audaciosa. 
Nesta entrevista, Adilson Araújo faz um balanço da trajetória da CTB até este momento, compartilha suas expectativas para o mandato que se inicia, fala sobre a necessidade de fortalecer as seções estaduais da CTB, da atuação da Central junto aos sindicatos do campo e reafirma uma política fundamental para os cetebistas: lutar de forma intransigente pela unidade da classe trabalhadora. Confira abaixo:
Portal CTB: Finalizado o 3° Congresso da CTB, que balanço é possível fazer do último período e quais são as perspectivas para a gestão que se inicia?
Adilson Araújo: A CTB aproveitou seu 3º Congresso para fazer uma atualização da conjuntura internacional e nacional, além de se preparar para os próximos quatro anos. De forma muito particular, eu penso que o balanço é extremamente positivo. A CTB, na verdade, foi germinada a partir da compreensão de que o movimento sindical padecia de um conjunto de problemas, entre eles certa apatia reinante. A CTB foi construída num movimento que buscou reunir setores estratégicos da organização da classe trabalhadora, da qual o protagonismo dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais, dos marítimos, do setor metal/mecânico, entre outras tantas entidades que construíram esta central sindical democrática, classista e de luta.
A CTB, em sua fundação, teve como questão fundamental a busca da unidade das centrais sindicais, assim como a defesa de uma nova Conclat, a partir de um movimento nacional que culminou no ato do Pacaembu em 1º de junho de 2010. De lá para cá, a gente tem percebido o quanto foi importante essa decisão, até porque hoje podemos dizer – ao contrário de um passado recente – que temos um instrumento norteador da nossa luta, que é a Agenda da Classe Trabalhadora. Todas as nossas ações desde então têm como centro atualizar essa Agenda. 
Desta forma, penso que a CTB sacramenta sua disposição de fortalecer cada vez mais a unidade e os laços de solidariedade entre a classe trabalhadora, e evidentemente isso traz uma nova perspectiva, porque encerramos uma etapa vitoriosa, com uma perspectiva real de ser a terceira ou quiçá a segunda maior central sindical do país, sobretudo a partir de sua amplitude e sua política acertada. E há uma realidade concreta: hoje temos mais de mil sindicatos filiados (sendo que desses mais de 700 já estão reconhecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego). Isso nos garante certa visibilidade e nos dá a convicção que não somos mais invisíveis perante os trabalhadores. Lutamos por isso e a CTB, de forma muito apropriada, consegue consolidar esse quadro, graças, em grande parte, ao esforço de um conjunto de dirigentes que se dedicou a consolidar a Central, tendo o companheiro Wagner Gomes à frente desse processo, garantindo uma interlocução interessante com as demais centrais, com uma série de partidos políticos e os mmovimentos sociais como um todo.
 MAU4311
Portal CTB: Que elementos de sua experiência como presidente da CTB-BA irão ajudá-lo nesta nova tarefa?

Adilson Araújo: O mandato da Direção Nacional foi muito promissor, embora as seções estaduais tenham vivido uma verdadeira via-crúcis, diante das dificuldades e da pouca estrutura. Mas é verdade que, pelo fato de termos uma concentração de sindicatos importantes no estado da Bahia, podemos dizer que não foi tão difícil colocar de forma prioritária a orientação da Direção Nacional. A base de sustentação disso se deve aos sindicatos, pois a condição de existir de uma central sindical está diretamente ligada a esse alicerce, que é a ferramenta fundamental. Não existe central sindical sem sindicato de base. E na Bahia nós tivemos a possibilidade de fazer uma transição na qual conseguimos garantir uma representatividade. Esse cenário permitiu que a gente tivesse na Bahia, do ponto de vista formal no Ministério do Trabalho, a maioria dos sindicatos e, do ponto de vista do número de filiados também. Temos hoje cerca de 300 sindicatos filiados, pois temos federações de trabalhadores importantes, como dos bancários, rurais, construção civil, metal/mecânico, alimentos, entre outros. E também um número expressivo de sindicatos urbanos e rurais. Essa força nos permitiu ter um posicionamento mais audacioso. Pelo fato de a CTB permitir um novo olhar, conseguimos dar a ela uma nova dinâmica, praticando um sindicalismo renovado, autêntico e de luta, já que o momento visivelmente permitiu isso e ainda permite, pois embora estejamos numa crise, o Brasil ainda é um país de oportunidades e com perspectiva interessante, que, se bem trabalhadas e o movimento sindical atuar de modo consequente, poderão ser bem melhores. 
Portal CTB: De que forma a Direção vai trabalhar a partir de agora o fortalecimento da CTB nos estados?
Adilson Araújo: Podemos dizer que colocamos o time em campo e jogamos de forma satisfatória neste primeiro período. É verdade que a gente precisa ter, a partir desta gestão que se inicia, uma ação mais planejada, pois o esforço terminou em parte predominando uma vontade espontaneísta, em grande parte por conta desse desejo novo de se construir uma central sindical, de ir aparando arestas. Para este novo momento, me parece que se torna fundamental planejarmos melhor nossa ação. Tenho a opinião de que planejando mais e melhor os dividendos serão maiores. Temos que ter uma atitude mais elaborada no sentido de corresponder a um conjunto de problemas existentes. Creio que sem essa discussão interna e sem vislumbrar um plano estratégico não conseguiremos desatar os nós. E, como estamos convencidos de que é possível desatar os nós, vamos fazer a opção de canalizar todos os esforços para uma ação de vanguarda, propositiva e planejada.
Portal CTB: Qual sua avaliação da atuação da CTB junto aos sindicatos de trabalhadores e trabalhadoras rurais? Como ampliar essa atuação?
Adilson Araújo: Temos uma experiência sindical na qual nossa cultura de central sindical era muito “um pé dentro e um pé fora”. Com a responsabilidade de não ser mais apenas uma corrente de opinião e dirigir uma central sindical, pressupõe-se a construção de novos valores. A gente percebia, num passado recente, que a compreensão do trabalhador do campo era a de que ele não se sentia representado pela central sindical. Daí surgia um hiato, um distanciamento muito grande. E foi esse descontentamento que fez com que o segmento de trabalhadores e trabalhadoras rurais assumisse o compromisso de, coletivamente, construir a CTB. 
A CTB, portanto, jogou um papel fundamental nesse processo. Há uma necessidade objetiva de aproximar o trabalho sindical urbano com o rural. Considero que a CTB só irá consolidar essa proposta se souber combinar a praticidade com essa necessidade de colocar o pé no barro e conhecer mais de perto o drama que é fazer a luta sindical no campo, seus valores, sua cultura. Isso requer uma maior aproximação. Acho, inclusive, que a CTB nacional precisa constituir um departamento ou uma secretaria que, junto do núcleo político da Central, possa se ambientar mais desse cotidiano, buscando repercutir mais a luta sobre as questões agrárias, pois essas demandas ainda não conseguimos responder. Precisamos ter uma radiografia mais apurada dessas necessidades, para que a CTB tenha definitivamente uma marca sindical que vislumbre essa unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade. 
Portal CTB: Qual deve ser o rumo da CTB em sua atuação internacional para o próximo período?
Adilson Araújo: No passado recente, nossa interlocução no plano da articulação sindical era quase inexistente. Com o surgimento da CTB, pudemos ampliar nosso leque de atuação. Os problemas que afligem um trabalhador na Europa, nos Estados Unidos ou no Japão são os mesmos problemas da realidade brasileira. Num ambiente globalizado, as respostas precisam ser mais dinâmicas e o fortalecimento dos laços de solidariedade devem ser cada vez mais amplos. O mundo impõe uma agenda regressiva e não conseguiremos enfrentar essa agenda se não tivermos uma ação unitária global, de enfrentamento ao capitalismo. 
A CTB deve ter em sua ação prioritária uma política para se fortalecer cada vez mais no plano da articulação, na interlocução e na troca de experiência com sindicatos internacionais, sobretudo a partir do fortalecimento de sua presença na Federação Sindical Mundial (FSM) e no Encontro Sindical Nossa América (ESNA), onde ela tem um papel fundamental de ajudar na construção dessa movimentação que se sucede desde a eleição de Chávez, em 1998. Toda essa movimentação releva a participação da CTB em cenário internacional. 
Portal CTB: Existe grande descontentamento no meio sindical sobre a falta de diálogo do governo federal com a classe trabalhadora. O que se pode esperar desse relacionamento daqui por diante? 
Adilson Araújo: O governo foi concebido a partir do esforço das massas populares. A eleição de Lula é emblemática nesse processo, pois representou um freio ao neoliberalismo. Essa mudança política abriu uma nova perspectiva e os ganhos dos últimos dez anos precisam ser avaliados. Sob o contexto da luta política nacional, tivemos mais ganhos do que derrotas. Mas esse é um governo contraditório, que tem limites e que está em disputa. Nesse sentido, a classe trabalhadora precisa conceber a defesa de sua tese também, ter uma plataforma de luta ajustada, audaciosa. 
Temos plena clareza de que, se o governo é de direita, isso exige certo recuo por parte da classe trabalhadora. Mas se o governo faz parte do campo democrático-popular, exercer mais pressão contribui para que ele se aproxime mais das reivindicações da maioria da população – trata-se de um comportamento legítimo. O movimento deve se manter sempre atuando na defesa de sua autonomia, de forma consequente e ajudando a construir um governo cada vez mais avançado, que possa corresponder ao clamor da nação. 
O movimento sindical não vai abrir mãos de suas bandeiras. Precisamos defendê-las e fazer de tudo para darmos uma arrancada no desenvolvimento. Isso vai com certeza exigir da nossa parte uma posição cada vez mais firme, pois o governo tem seus limites. Se você observar a política macroeconômica do país, vemos que o governo não encontrou ainda o caminho ajustado, pois acaba prevalecendo uma posição muito conservadora, com um cenário no qual os empresários conseguem resposta a seus anseios de forma mais rápida do que a classe trabalhadora. Fica comprovado que precisamos ganhar as ruas e pressionar para que o governo tenha uma posição mais avançada, de modo a sair do olho do furacão. Estamos às vésperas de uma grande batalha política, na qual temos que lutar para evitar qualquer possibilidade de retrocesso.
Portal CTB: O cenário político-eleitoral iminente pode trazer riscos para a unidade das centrais?
Adilson Araújo: O movimento sindical brasileiro está diante de uma nova conformação. Neste período mudancista nascem novas organizações, que brotam no desejo de fazer o confronto, no sentido de contribuir para o Brasil avançar. A unidade das centrais é imperativa, mas é claro que não há uma camisa de força. O que precisa prevalecer é a compreensão de que o inimigo não está entre nós, temos que definir o nosso lado. Devemos continuar defendendo o fortalecimento da unidade das centrais. Isso não quer dizer que essa unidade não possa sofrer alguma mudança por causa da batalha político-eleitoral. Mas a melhor alternativa para a classe trabalhadora é caminhar unida, para garantir a manutenção do que foi conquistado e com a perspectiva de influenciar o processo político. A classe trabalhadora é a força-motriz da nação e tem autoridade moral para dizer qual o melhor caminho para a nação. Se não nos posicionamos para influenciar o debate político, podemos perder a batalha. 
Portal CTB: Qual o cenário que você vislumbra para a CTB daqui a quatro anos, no próximo Congresso?
Adilson Araújo: Não podemos ter uma visão mecânica da central sindical. Acho que a experiência vivida na Bahia pode ter sido boa para o estado, mas para a CTB nacional teremos que experimentar algo de novo. E isso vai demandar muito da Direção, a partir de sua capacidade de convencer as pessoas. Fundamentalmente, mais do que o desejo pessoal, temos um projeto, que será exitoso se ganharmos um conjunto de dirigentes para construir esse projeto coletivamente. 
Devemos fazer uma gestão planejada, ousada e audaciosa. Vislumbro, por exemplo, que para o próximo período temos que dar um tratamento especial para a política de comunicação da Central. As experiências de alguns sindicatos contribuem para que tenhamos um projeto mais ousado nessa área. Temos que nos inserir de forma mais ousada e dinâmica junto aos demais veículos de comunicação, quem sabe com uma TV na internet, com uma revista de periodicidade mais frequente. A CTB terá que se constituir como um tipo de agência, capaz de produzir peças publicitárias, criar fatos políticos e outros materiais. A comunicação hoje traz esse debate pela democratização e isso serve para ver que temos que ser criativos para fazer essa disputa. Mas isso exige da Direção uma tomada de posição. Valorizar essa política tem que ser uma das prioridades.
Outra política que temos que discutir é a criação da Escola Sindical Nacional, para propiciar uma maior preparação e qualificação dos dirigentes. Temos que ter também uma política de fortalecimento das seções estaduais, algo que com certeza demandará uma nova política de finanças. Temos que reduzir a inadimplência, combater a sonegação e garantir a plena participação das entidades, contribuindo e prestando conta para que as entidades possam se sentir cada vez mais parte do processo.
Essas são algumas das ideias que temos para essa gestão que se inicia. No plano da organização, será fundamental constituir uma central de organização, apoio e logística para as entidades sindicais. Sob o comando da Secretaria Geral, temos que dispor de resposta profissionalizada ao processo de regularização, atualização cadastral e acompanhamento das entidades sindicais. Se fizermos esse esforço, poderemos ter, ao final de 2014, cerca de 300 sindicais a mais registrados no Ministério do Trabalho. Devemos ter essa meta em 2014. Esse organismo será fundamental para isso.
Por fim, temos também um departamento ou uma estrutura que seja um plantão com representantes sindicais do campo, para que no conselho político seja possível dialogar mais com os trabalhadores rurais e dar sequência a esse trabalho prático e teórico junto à representação do campo. Isso ajudará bastante para termos mais interlocução entre o movimento sindical do campo e da cidade.


* Fernando Damasceno é jornalista da CTB, Fotos: Maurício Morais


Fonte: Portal CTB

3º Congresso Nacional da CTB elege nova Direção. Adilson Araújo assume a Presidência.

O 3º Congresso Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) foi encerrado neste sábado (22), em São Paulo, com a eleição da nova direção para um mandato de quatro anos (2013/2017). Adilson Araújo, bancário da Bahia, foi eleito o novo presidente. Wagner Gomes será o novo secretário-geral para o período que se inicia.
 MAU4366
Ao longo do Congresso foram credenciados 1.258 delegados e delegadas dos 27 estados brasileiros, sendo 67,09% homens e mulheres 32,91%, ultrapassando a cota mínima.
Em seu discurso de posse, o novo presidente da CTB reforçou a disposição de luta, característica à CTB desde sua fundação, com a promessa de fazer uma gestão planejada, ousada e audaciosa. Adilson Araújo também destacou suas propostas, que incluem fortalecer a formação com a criação da Escola Sindical Nacional, ampliar a rede de comunicação e, no plano da organização, constituir uma central de apoio e logística para as entidades sindicais. "Tenham certeza de que vocês não elegeram um técnico, mas um trabalhador destemido, dedicado e comprometido com a causa da classe trabalhadora", afirmou, para em seguida sustentar sua disposição para aproximar cada vez mais dentro da CTB o sindicalismo do campo e da cidade. 
 MAU4311

Nova direção
 MAU4205
Coube ao ex-presidente Wagner Gomes a leitura de todos os nomes da nova Direção Executiva, antes de anunciar ao plenário o nome de Araújo para encabeçar a chapa única, fruto do processo de discussão que envoltou todas as forças políticas da CTB. O dirigente destacou a capacidade de atuação do novo presidente e seu trabalho junto à CTB-BA. Por unanimidade, o plenário acatou a proposta de chapa apresentada.
 MAU4194

FONTE: Portal CTB - Fotos: Mauricio Morais

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Eternit é processada em R$ 1 bilhão por contaminação com amianto

O Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou uma ação civil pública na 9ª Vara do Trabalho, em São Paulo, contra aEternit, pedindo R$ 1 bilhão por dano moral coletivo. É o maior valor pedido pelo MPT numa ação por danos morais. Os procuradores acusam a empresa de ser a responsável pela contaminação de centenas de empregados da unidade de Osasco (SP) que ficaram expostos ao amianto e de não dar assistência médica devida a eles. A fábrica funcionou por 50 anos e fechou suas atividades em 1993.
A reportagem é de Evandro Éboli e publicada pelo portal do jornal O Globo, 17-08-2013.
O amianto é usado na fabricação de telhas e caixas d’água. É um produto cancerígeno e que causa graves problemas respiratórios. A asbestose, doença causada pela inalação do amianto, é também conhecida como geradora do “pulmão de pedra”.
Na ação, ajuizada no fim de julho, o MPT exige que a Eternit convoque os antigos empregados para exames periódicos em anúncios nas maiores redes de TV, com inserções diárias em horário nobre — entre 12h e 13h e 20h30m e 21h30m — durante duas semanas. Os procuradores querem também que essa convocação se dê nos principais jornais, num espaço que ocupe um quarto da página. Uma espécie de recall de vítimas do amianto.
Doença demora a aparecer
O MPT solicita à Justiça do Trabalho que determine à empresa a realização de exames periódicos durante os 30 anos subsequentes ao encerramento das atividades. E que amplie os exames, incluindo, por exemplo, diagnóstico de neoplasia maligna do estômago e neoplasia maligna da laringe, além de pagar atendimento psicológico, medicamentos e fisioterapia.
A contaminação na unidade da Eternit em Osasco — por onde passaram cerca de dez mil trabalhadores durante seu funcionamento — levou ex-funcionários a criarem, há 17 anos, a Associação Brasileira de Expostos ao Amianto (Abrea). A entidade briga por direitos das vítimas e busca indenizações na Justiça.
O presidente da Abrea, Eliezer João de Souza, de 72 anos, foi contaminado pelo amianto. Ele relata que as vítimas só descobrem que estão com algum problema muitos anos depois de deixarem o emprego, pois a doença leva até 40 anos para se manifestar:
— Não temos o número exato de quantos colegas morreram contaminados pelo amianto. A doença só aparece tempos depois. Foi muita gente.
Ivo dos Santos, 76 anos, outro ex-funcionário da Eternit, contraiu a asbestose. Ele trabalhou durante 32 anos na empresa, entre 1952 a 1985. E descobriu em 1986 que estava doente. Ele contou que aspirava o pó do amianto.
— Quando me aposentei não sabia de nada. Tenho dificuldade em respirar. O pulmão da gente vai endurecendo. Teve gente que só descobriu quando foi tentar outro emprego e o exame médico admissional apontou o problema. — disse Ivo dos Santos.
João Batista Momi tem 83 anos e trabalhou durante 32 na Eternit. Também portador da asbestose, Batista anotou num caderno o nome de cada ex-companheiro de trabalho que morreu. De 1996 para cá, já registrou 98 mortes e diz que boa parte foi vítima do amianto.
— Não tenho certeza se todos foram por causa do amianto, porque muitos se mudaram para o interior. Mas a grande maioria dessa lista morreu disso sim — disse

Fonte: CONTRICOM

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Brasil tem 12 milhões de trabalhadores terceirizados

Segundo o Dieese, tempo de permanência de um terceriziado no emprego é um quarto do tempo de um empregado direto. De cada dez acidentes de trabalho, oito são com 'prestadores de serviço'


 O programa Seu Jornal, da TVT, levou ao ar dia 13/08 reportagem que explica didaticamente situações que levam o movimento sindical a combater o projeto de lei que regulamenta a terceirização. Assista




Mais de 12 milhões de trabalhadores brasileiros prestam serviço a outras empresas. O número de terceirizados corresponde a 20% dos que têm carteira assinada. De acordo com a ecoomista Adriana Marcolino, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), os trabalhadores terceirizados têm uma cobertura de direitos muito menor do que os diretamente contratados pela empresa. "Por isso, nós consideramos que o terceirizado está menos protegido e mais precarizado."

Segundo o Dieese, 80% das mortes ocorridas em local de trabalho são de prestadores de serviços. “Os terceirizados recebem, em média, 27% a menos do que os contratados, quando consideramos o mercado formal de trabalho. Se fôssemos levar em conta o mercado informal, essa diferença seria ainda maior. O tempo de casa de um trabalhador terceirizado é de 2,6 anos, enquanto um contratado fica em média quase seis anos na empresa", diz a economista.

O projeto de lei que prevê a regulamentação do trabalho (PL 4.330) é visto pelos sindicatos como ameaça aos direitos trabalhistas. No Tribunal Superior do Trabalho (TST) tramitam vários processos causados pela terceirização. Os mais comuns envolvem a falta de pagamento de direitos trabalhistas e empresas que fecham sem quitar débitos com os trabalhadores.

Fonte: Rede Brasil Atual, 15 de agosto de 2013

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Centrais reafirmam posição sobre terceirização: regular sem precarizar .

As centrais sindicais mais uma vez se reuniram em Brasília com representantes do Congresso Nacional, do governo federal e com empresários, nesta terça-feira (13), para dar continuidade às negociações a respeito do Projeto de Lei 4330/2004, que trata da regulamentação da terceirização.  CTB, CUT, FS, CGTB, NCST e UGT conseguiram convencer os líderes partidários a adiar a votação do PL, a fim de que a matéria seja mais bem debatida.
Diante da intransigência demonstrada pelos representantes do empresariado durante a reunião, as centrais decidiram elaborar um documento por meio do qual reafirmam sua posição: regular a terceirização, porém sem precarizar as relações trabalhistas existentes no país.

Para o secretário de Política Sindical e Relações Institucionais da CTB, Joílson Cardoso, os empresários sentaram à mesa dispostos a “escancarar a precarização no país”, “forçando o Congresso a votar um projeto de lei sem discuti-lo com os demais setores envolvidos”. Segundo o dirigente, “as centrais não vão recuar um milímetro sequer”, afirmou, defendendo a continuidade da negociação da mesa quadripartite.

Wagner Gomes, presidente da CTB, aposta na unidade das centrais sindicais para garantir que o Congresso Nacional não colocará em votação nenhuma proposta que signifique retrocessos para a classe trabalhadora. “Apostamos no diálogo para nos contrapor ao que defendem os empresários”, disse.

Confira abaixo a nota divulgada pelas centrais sindicais:

Regular sem precarizar
Diante dos males que a terceirização impõe à classe trabalhadora no Brasil, com maior jornada de trabalho, menores salários, volume expressivo de acidentes de trabalho e forte rotatividade, as centrais sindicais mantêm um longo histórico de luta com o objetivo de barrar esse modelo de contratação que suprime direitos e precariza as condições de trabalho no Brasil.

Em 2009, construímos uma proposta a partir de um Grupo de Trabalho criado pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que iniciou de forma tripartite, mas finalizou a construção de um projeto sem a presença dos empregadores, que abandonaram a discussão. O texto permanece parado na Casa Civil.

Ao contrário, o Projeto de Lei 4330, de 2004, do deputado federal Sandro Mabel (PMDB-GO), avançou até a Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara e aguarda votação, após a elaboração do substitutivo do relator, o deputado Arthur Maia (PMDB-BA).

Devido à ação conjunta das centrais sindicais, empresários, parlamentares e o governo federal aceitaram construir em conjunto com os trabalhadores a Mesa Quadripartite de Negociação para definir uma proposta de regulamentação da terceirização, alternativa à proposta pelo relator. Segundo a visão dos trabalhadores, a regulamentação deve restringir a abrangência da terceirização de modo a evitar que se atinja a “atividade-fim”; impedir a pejotização e a quarteirização; garantir informação prévia para as entidades sindicais; garantir responsabilidade solidária com as obrigações trabalhistas, previdenciária e em relação às condições de saúde e segurança; garantir a instalação de processo de negociação coletiva entre a contratante e os sindicatos; assegurar a igualdade de remuneração, direitos e condições de trabalho e garantir a representação sindical na contratação e fiscalização.

Com a experiência de quem acumula conquistas históricas para os trabalhadores, as centrais sindicais sabem que um processo de negociação não avança sem a pressão das ruas e dos trabalhadores das nossas bases.

Pela continuidade da negociação!

FONTE: Portal CTB
Fotos: Fernanda Silva

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Às 6h45m, mais da metade dos brasileiros já está de pé

A pesquisa do IBGE sobre o uso do tempo dos brasileiros permitiu fazer um fluxo de atividades ao longo de 24 horas. Assim, constatou-se que mais da metade dos entrevistados já estavam acordados às 6h45m da manhã. A partir desse momento, o trabalho começa a dominar o tempo da maioria das pessoas no país.
Esse movimento ocupa a maior parte do dia até as 19h, marcado pelo intervalo para o almoço, que fica claramente definido. O tempo livre assume sua hegemonia somente a partir das 21h, quando o sono vem.
No questionário do IBGE, os pesquisadores também quiseram saber sobre a percepção de tempo e o desejo das pessoas de como gostariam de gastar o seu tempo. E a falta dele é permanentemente sentida para 13,7% das pessoas. E eventualmente, para 33,8%.
Dedicar mais tempo ao lazer é o desejo da maior parte dos entrevistados: são 44,5% que citaram a frustração com a falta de tempo para lazer.
Em seguida, vem a vontade de ficar mais com a família para 29,7% dos entrevistados. O cuidado pessoal ocupa a terceira posição nessa lista (18,5%). Já o trabalho e os afazeres domésticos ficam no fim da fila, com 5,7% das citações. Mas essas duas atividades figuram no topo da lista, quando a pergunta é sobre o motivo de não conseguirem dedicar mais tempo ao lazer ou à família: a maioria, 51,2%, citou trabalho e estudo e 9,5%, os afazeres domésticos .

Fonte: O Globo

Lula afirma que Brasil não terá inflação enquanto PT governar

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite de ontem que o Brasil 'nunca mais terá inflação' enquanto o PT estiver à frente da Presidência da República. Ao participar de evento do PT de São Paulo, em Bauru, no interior paulista, Lula afirmou que a presidente Dilma Rousseff fará o 'possível e o impossível' para evitar o aumento da inflação.

'É importante a gente dizer: este país nunca mais vai ter inflação enquanto o PT governar aqui', disse. 'Se tem alguém nesse país que vai fazer o que puder, o possível e o impossível para não deixar a inflação voltar é o governo do PT e é a presidente Dilma', afirmou o ex-presidente.

Entre as diversas críticas que fez à imprensa, Lula disse se sentir 'indignado' com a abordagem dos meios de comunicação sobre a situação econômica do país. 'Fico indignado que a imprensa, que lidou com uma inflação de 80% ao mês, ache que 6% ao ano é super inflação. É inacreditável', afirmou.



Fonte: G1, 12 de agosto de 2013

Expectativa de vida entre mulheres é de 6 anos a mais

Diferença na esperança de vida ao nascer entre mulheres e homens no Paraná cresceu 29,51% entre 1980 e 2010 – bem acima do índice nacional, de 18,12%.



O crime do Morro do Boi, ocorrido em Matinhos (Litoral) em janeiro de 2009, se tornou um dos casos policiais de maior repercussão da história do Paraná. Não só pela brutalidade da agressão - o estudante Osíris del Corso, então com 22 anos, foi assassinado e sua namorada, Monik Pegoraro, foi baleada e ficou paraplégica -, mas porque foi montada uma farsa para tentar livrar o verdadeiro autor do crime, Juarez Ferreira Pinto, que posteriormente foi condenado a mais de 65 anos de prisão. 
Outras tragédias sucederam o caso do Morro do Boi no noticiário policial. Mas para a família e os amigos de Osíris del Corso não existe chance das coisas seguirem adiante. "O que a gente sente é algo que não consegue mudar mais. Meu avô dizia que não confiava no homem. O ser humano é capaz de qualquer coisa", lamenta o engenheiro Sérgio Luís del Corso, 61 anos, pai de Osíris. 

"A gente fica mais forte. Por outro lado, com frequência sente que quer explodir por dentro. Ainda é muito difícil falar sobre isso. No começo, achei que se não me controlasse ia morrer do coração. Tem que encontrar um jeito de levar a vida", descreve. 
A dor que atinge a família de Osíris del Corso é sentida por muitos outros brasileiros. As estatísticas apontam que as mortes violentas aumentaram muito no País a partir do início da década de 1980, e estão influenciando diretamente tendências demográficas – no Paraná, até mesmo acima dos patamares nacionais. 
No início do mês, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a notícia de que a expectativa de vida do brasileiro aumentou 11,24 anos entre 1980 e 2010, ao passar de 62,52 anos para 73,76. Historicamente, a população feminina apresenta esperança de vida ao nascer maior do que a masculina, e essa situação se manteve nos números do início da década. Em 2010, as mulheres brasileiras tinham expectativa de viver 77,38 anos, diante de 70,21 dos homens. Em 1980, entre as mulheres o índice era de 65,69 anos, e entre os homens, de 59,62. 
O Paraná seguiu essas tendências, ao registar um acréscimo de 11,25 anos na expectativa de vida geral e vantagem nos números da população feminina (78,64 anos diante de um índice de 71,97 entre os homens em 2010; 30 anos antes, a expectativa era de respectivamente 66,78 e 61,63 anos). 
É aí que a violência gera reflexos nos fenômenos demográficos brasileiros: tanto nacionalmente quanto localmente, em 30 anos foi registrado aumento da diferença na esperança de vida ao nascer entre os sexos. No Brasil, o fosso da expectativa de vida passou de 6,07 para 7,17 anos em três décadas, e no Paraná, o índice foi de 5,15 para 6,67. 
O próprio IBGE aponta que a principal influência nessa mudança das estatísticas de mortalidade desde 1980 foi o crescimento vertiginoso da violência em todo o Brasil, e que atinge mais a população masculina. "Nas últimas décadas, um conjunto de causas de morte vem adquirindo destaque em função do seu crescimento. São as mortes por causas externas, que incluem os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos etc, que incidem com maior intensidade na população masculina e nas idades mais jovens", observam os pesquisadores. 
"O fenômeno que se observa no Brasil é típico de países que experimentaram um rápido processo de urbanização e metropolização sem a devida contrapartida de políticas voltadas, particularmente, para a segurança e o bem-estar dos indivíduos que vivem nas cidades", concluem. 
Trânsito e homicídios 
Quando os dados são observados proporcionalmente, o aumento da diferença na expectativa de vida entre mulheres e homens foi maior no Paraná. Enquanto o fosso aumentou 18,12% nacionalmente, no Paraná a diferença cresceu 29,51% em 30 anos. Uma análise das mortes violentas em território paranaense permite entender por que o índice do Estado superou o nacional. 
No Paraná, o número de assassinatos, que era inferior à média brasileira em 1980, tornou-se superior em 2010: segundo a pesquisa Mapa da Violência, do Instituto Sangari, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes passou de 11,7 para 26,2 nacionalmente, e no Paraná ela foi de 10,8 para 34,4. Além disso, também de acordo com informações do Instituto Sangari, a taxa de mortes no trânsito paranaense vem superando o índice nacional. Em 2008, foram 30,4 óbitos em acidentes de trânsito para cada 100 mil habitantes no Paraná, diante de 20,2 no País, segundo a pesquisa. 
A população masculina é mais atingida por essa violência. De acordo com dados divulgados pelo Governo do Estado, no Paraná oito de cada 10 pessoas que morrem em acidentes de trânsito e nove entre 10 assassinadas são homens.
 
 
Fonte: Folha de Londrina, 12 de agosto de 2013

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Dirigentes da Construção Civil na Bahia participam de manifestações contra o PL 4330


Magali Pastore*

No dia 06/08, a direção do SINTRACOM e dirigentes de outros sindicatos, juntos com as Centrais Sindicais CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT, estiverem na frente ao FIEB - Federação das Indústrias do Estado da Bahia, no Stiep, em manifestação contra a PL 4330, de autoria do deputado federal Sandro Mabel (PMDB - Goiás). O PL regulamenta a terceirização e precariza a relação de trabalho. Dando autonomia ao empresário terceirizar qualquer setor; a empresa principal não terá nenhuma responsabilidade com os trabalhadores contratados pelas terceirizadas, além de não serem obrigados a cumprirem as convenções coletivas das categorias.


Isso aí, companheiros (as)! Vamos a luta, contra o PL 4330!

* Magali Pastore é Estagiária de jornalismo no SINTRACOM/BA.

Os salários dos profissionais do setor de construção pesada

Com Copa do Mundo e Olimpíadas no horizonte brasileiro, o setor de construção pesada viveu momentos de grandes investimentos. Mas nos último ano, de acordo com Raphael Henrique, consultor Hay Group, foi percebida uma desaceleração, o que influencia nos salários e remuneração variável dos profissionais.

“Não houve queda, desaceleração é o termo correto”, pondera Henrique. O setor ainda é um dos principais focos da economia do país, mas vale destacar que desde o ano passado o período é de entregas. Além disso, eleições do ano passado atrasaram obras e a retração da Petrobras também influenciou no ritmo do segmento.

Os salários continuam atrativos. No entanto, os altos vencimentos de gerentes de TI e da área comercial não são mérito do segmento e,segundo Henrique, seguem os valores praticados pelo mercado como um todo. “São cargos que caminham entre diferentes setores”, lembra ele.

Já a remuneração variável ( bônus e participação nos lucros e resultados) traz os sinais de desaceleração, por conta da diferença entre a projeção de número de salários que seriam pagos (alvo) e o que efetivamente foi para o bolso dos profissionais (pago). “Grande parte das metas das empresas está atrelada às obras”, diz Henrique.

Segundo ele, o fato de o nível de diretoria executiva ter sido o único da bater as metas deve ser analisado com cuidado. “Nesse caso é posição estatística já que a massa é reduzida. Nos outros níveis temos mais quantidade de informações”, diz. Ou seja, é possível que as poucas empresas que apresentam estes níveis hierárquicos sejam as únicas que bateram as metas. 

Confira as tabelas com os salários e a remuneração variável praticada pelo setor de construção pesada, a partir de levantamento feito pelo Hay Group, com exclusividade para Exame.com:

Cargos
Salário base (R$)
Mestre de Obras III
9.461,53
Coordenador administrativo financeiro da obra
12.250
Engenheiro Pleno de Segurança no Trabalho
7.819
Engenheiro de Propostas júnior
5812
Engenheiro sênior
11.012
Gerente comercial
20.171
Coordenador de Recursos Humanos
10.000
Advogado sênior
10.478
Gerente sênior de TI
24.455
Analista pleno de sustentabilidade
6.506
Médico do trabalho ( jornada de 4 horas)
6.497
Médico do trabalho ( jornada de 6 horas)
10.000

Remuneração Variável - Bônus e PLR (em nº de salários)


Níveis Hieráquicos
Alvo
Pago
Vice-Presidência e Diretoria Executiva
12
12,1
Diretoria
7,3
5,6
Gerente 1ª linha
5,6
4,9
Gerente 2ª linha
4,3
3,2
Coordenadores
3,2
2,1
Profissionais Sêniores
2,2
1,9
Profissionais Plenos
2
1,5
Profissionais Juniores
2,1
1,5

Fonte: Exame, 09 de agosto de 2013, com informações de FETRACONSPAR