Brasília, 03/05/2016 16h42
Paulo
Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil
Os
agricultores familiares contarão com R$ 30 bilhões para o financiamento de
projetos individuais ou coletivos destinados à produção de alimentos básicos. O
valor foi divulgado nesta terça-feira pelo governo federal, durante cerimônia
de anúncio do Plano Safra da Agricultura Familiar 2016/2017.
Haverá
crédito para os agricultores e manutenção de juros abaixo da inflação. Os
agricultores que produzem alimentos com impacto direto nos índices da inflação
terão juros reduzidos para 2,5% ao ano. A taxa atual é 5,5%.
“Nossa
intenção é garantir que os alimentos que o povo consome diariamente sejam mais
acessíveis, saudáveis e produzidos de forma sustentável. Por isso, a redução de
juros será aplicada também no financiamento da produção orgânica e
agroecológica”, disse o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Patrus
Ananias, durante o lançamento do plano.
O número
atende à reivindicação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), que em abril apresentou o pedido à presidenta Dilma. No
ano passado, R$ 28,9 bilhões foram oferecidos para o período 2015/2016, mas, de
acordo com o MDA, apenas R$ 22 bilhões devem ser contratados até o fim da
vigência do plano, no mês que vem.
Entre as
prioridades do Plano Safra da Agricultura Familiar deste ano estão a ampliação
da produção de alimentos saudáveis com base agroecológica, o estímulo ao
plantio de produtos que contribuem para o controle da inflação e aumento da
oferta de políticas públicas para a juventude rural.
Para os
jovens estão previstas ações como 32 mil vagas no Pronatec Campo, instalação de
mais de mil bibliotecas e destinação de 30% dos lotes aos jovens nos novos
projetos da reforma agrária.
O decreto
quer cria o Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural também foi assinado
durante o evento, no Palácio do Planalto, em Brasília. O ministro disse que R$
31 milhões serão destinados à assistência técnica e extensão rural.
Segundo o
ministério, a agricultura familiar é responsável pela produção de cerca de 50%
dos produtos da cesta básica, como arroz, feijão, batata, trigo, café e leite.
As operações de custeio, que antes eram limitadas a R$ 100 mil, poderão chegar
a R$ 250 mil. Nos investimentos, o valor máximo subirá de R$ 150 mil para R$
330 mil.
De acordo
com o governo, as linhas específicas para os assentados da reforma agrária e
para um dos grupos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura
Familiar (Pronaf) terão juros de 0,5% a 1,5%. O valor será de até 5,5% para as
demais operações.
Segundo
Patrus Ananias, o Plano Safra 2016/2017 mantém o compromisso do governo federal
de continuar avançando em direção a um projeto de desenvolvimento rural e
sustentável com base na agricultura familiar e na reforma agrária.
“Um plano
que, diante do cenário econômico e político, atesta o compromisso, sob
liderança da presidenta Dilma, com a agricultura familiar, a produção alimentos
saudáveis e construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para o
país”, afirmou.
Amanhã, a
presidenta Dilma Rousseff deve informar o volume de dinheiro disponível para o
Plano Safra da Agricultura empresarial.
Edição: Beto
Coura
FONTE: Agência Brasil
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