É o melhor resultado do Nordeste, seguido pelo de Pernambuco, com 44.718 vagas,
segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo o resultado do Caged de setembro, divulgado esta semana, a Região
Nordeste teve um saldo positivo de 71.246 novos postos de trabalho no mês
passado, sendo que de janeiro a setembro de 2012 esse número alcança 179.637
empregos.
Os dados de janeiro a setembro deste ano, refletem a grande aderência entre a
criação de empregos formais na Bahia e o dinamismo do Produto Interno Bruto
(PIB) baiano. Um dos sinais que evidenciam esta relação é o fato de a Bahia ter
sido, no Nordeste, o estado que mais criou empregos no acumulado de janeiro a
setembro. A análise é feita pelo secretário doPlanejamento da Bahia, José Sergio
Gabrielli.
Os setores de Serviços, Comércio e Construção Civil, que tiveram o maior
aumento do emprego formal, observa Gabrielli, são os mesmos que mais cresceram
no PIB baiano. “Esses são setores que dependem fortemente do crescimento da
renda interna e da renda das pessoas e das famílias. Essa é uma nova
característica importante do dinamismo da economia baiana, que é muito mais
baseada no mercado de consumo, no mercado interno, e fruto da redistribuição de
renda que está ocorrendo no Estado”, explica o secretário.
Os dados do Caged também evidenciam a descentralização do crescimento
econômico, como destaca Gabrielli. Do total de vagas abertas no Estado, de
janeiro a setembro de 2012, 72,4% (32.062) estão fora da Região Metropolitana de
Salvador, enquanto a RMS criou 27,6% (12.597) dos novos empregos com carteira
assinada.
Quando é analisado o comportamento dos empregos formais por Território de
Identidade, no período de janeiro a setembro, os que geraram os maiores saldos
de emprego foram Metropolitana de Salvador (14.664 vagas), Sertão do São
Francisco (9.250 vagas) e Portal do Sertão (7.522 vagas). Do saldo total de
45.659 empregos formais na Bahia, esses três territórios foramresponsáveis por
68,8%, sendo que a Metropolitana de Salvador respondeu por 31,2%.
Dos 14.664 novos empregos formais gerados no Território de Identidade
Metropolitana de Salvador, de janeiro a setembro deste ano, 13.783 postos foram
criados na capital do estado. Isso significa que Salvador foi responsável pela
geração de 94% dos empregos no seu Território de Identidade. Os setores mais
relevantes na composição desse resultado foram Serviços e Construção Civil, que
registraram um saldo positivo de 9.427 e 3.553 postos de trabalho,
respectivamente.
O Sertão do São Francisco, segundo Território de Identidade que mais gerou
empregos formais, apresentou como principais polos de criação de novas
oportunidades os municípios de Juazeiro e Casa Nova. O primeiro contabilizou um
saldo positivo de 5.565 empregos formais, e o segundo, 3.322 postos no acumulado
do ano. Juntos, os dois municípios foram responsáveis por 96% do saldo total
deste território. Em termos setoriais, a Agropecuária e a Indústria de
Transformação registraram os maiores saldos, mais especificamente 6.233 e 1.683
novas oportunidades.
O terceiro Território de Identidade que mais contribuiu para o saldo baiano
de empregos no acumulado do ano foi o Portal do Sertão. Ao desagregar por
municípios, visualiza-se que Feira de Santana foi o principal responsável pela
geração de novos postos de trabalho (7.344). Os setores com maior participação
na criação de empregos nesse território foram Serviços e Construção Civil, com
5.212 e 1.194 novos postos de trabalho, respectivamente.
Em contrapartida, houve dificuldades no Médio Sudoeste da Bahia, notadamente
em Itapetinga, que teve um desempenho negativo nos nove primeiros meses deste
ano, perdendo 2.446 vagas de trabalho. O saldo negativo deve-se, especialmente,
à redução do nível de emprego na indústria de calçados. “Isso reflete as
dificuldades com a competição internacional e a necessidade de aumento de
produtividade para conter essa competitividade”, explica o secretário do
Planejamento.
Fonte: Tribuna da Bahia e www.fetracom-ba.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário