Yara AquinoRepórter da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff sancionou hoje (3) a lei que
institui medidas do Brasil Carinhoso, entre elas o Benefício de Superação da
Extrema Pobreza na Primeira Infância que complementa o Bolsa Família de forma a
garantir renda mínima de R$ 70 per capita para famílias com crianças
até 6 anos. Pago desde junho, o benefício já fez com que 2,8 milhões de crianças
saíssem da faixa da extrema pobreza, de acordo com balanço do Ministério do
Desenvolvimento Social (MDS).
A estimativa apresentada pela ministra do MDS, Tereza Campello, é de que,
contabilizados pais e irmãos, o alcance chegue a 8,7 milhões de pessoas. “Aos
que advogam que o Estado deve priorizar ações de inclusão no mercado de
trabalho, repetimos, 40% dos extremamente pobres são crianças”, disse a
ministra.
Em setembro, o governo repassou R$ 182 milhões para pagamento do benefício do
Brasil Carinhoso, segundo o MDS.
O Brasil Carinhoso foi lançado em maio, por ocasião do Dia das Mães, mas
dependia de aprovação do Congresso para ser convertido de medida provisória em
lei.
Ao sancionar a lei, a presidenta Dilma Rousseff disse que essa é uma das
principais medidas do seu governo. “O Brasil dá passos refinando cada vez mais
sua política social. Quando vamos a reuniões internacionais, percebemos que há
grande respeito pelo Brasil nas políticas sociais que atraem a atenção de todos
aqueles que têm o desafio de incluir suas populações”, disse.
A ação integra o Plano Brasil sem Miséria e inclui medidas como a ampliação
do acesso à creche e pré-escola e ampliação de 66% dos recursos destinados à
merenda escolar da educação infantil. Na saúde, o plano estende o Programa Saúde
na Escola às creches e pré-escolas e prevê o aumento da distribuição de sulfato
ferroso e vitamina A para crianças na primeira infância, além da entrega
gratuita de medicamentos para tratamento da asma por meio da rede Aqui Tem
Farmácia Popular.
A lei sancionada hoje autoriza também o uso do Regime Diferenciado de
Contratação (RDC) para obras da rede pública de ensino. O RDC foi criado pelo
governo para facilitar as licitações e os contratos da Copa das Confederações de
2013, da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Edição: Lílian Beraldo
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