quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Mantega: produção industrial mostra crescimento econômico gradual

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem (2) que a expansão da produção industrial em agosto mostra que o país já tem um "gradual crescimento da economia". Segundo ele, a demanda também está aumentando. "Deixamos para trás o período de crescimento fraco", disse Mantega a jornalistas ao chegar à sede do ministério.
A produção industrial brasileira subiu 1,5% em agosto frente a julho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. Trata-se do melhor resultado desde maio de 2011.
Mantega disse haver sinais de que a expansão observada em agosto vai se manter, pondo fim a um ciclo de retração industrial e ajudando na recuperação da economia brasileira. O ministro citou como exemplos o aumento da demanda por bens industriais em geral e a ampliação da exportação de produtos manufaturados que, segundo ele, foi beneficiada pelo "câmbio mais favorável" e por desonerações da folha de pagamento. "Estamos com gradual crescimento da economia brasileira. Estamos deixando para trás a condição pior para a indústria, que vem de um primeiro semestre fraco", destacou.
Ao comentar a reação de analistas do mercado que ponderaram que o crescimento da produção industrial de agosto veio abaixo do estimado, o ministro disse que 1,5% é um número consistente. "Tenho a dizer que os analistas projetaram mal o número. 1,5% é um bom numero, é forte e vai se manter nos próximos meses", reiterou.
Mantega disse ainda que se não tivesse havido revisão do número de julho – que passou de alta de 0,3% para 0,5% – o percentual de agosto teria sido maior. Os comentários do ministro nesta terça-feira se limitaram à expansão da produção industrial. Ele não respondeu a questionamentos sobre a decisão do Banco Central de reduzir a previsão de crescimento do país para 2012.
No Relatório Trimestral de Inflação divulgado na semana passada, o BC anunciou crescimento de 1,6 por cento, ante os 2,5 por cento previstos anteriormente.

FONTE: Rede Brasil Atual, 03 de outubro de 2012

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