A maior diferença entre as unidades da federação com relação à remuneração média em 2011 se deu entre o que um trabalhador formal ganhou em média no Distrito Federal (R$ 3.835,88) e o que recebeu, em média, um trabalhador do Ceará (R$ 1.367,79). O ministério afirma que a diferença de 180,44% entre os dois salários diminuiu quando comparada com a observada em 2010, quando a diferença entre o maior e o menor rendimento foi de 202,20%.
De acordo com os dados da Rais, os trabalhadores de quase todas as unidades da Federação obtiveram ganhos reais em 2011. Os maiores aumentos ocorreram em Tocantins (10,74%), Pernambuco (5,70%), Goiás (5,57%), Maranhão e Ceará (4,92%). Distrito Federal, Amapá e Roraima registraram perdas nos rendimentos no ano passado de 2,63%, 1,89% e 0,60%, respectivamente.
A região Nordeste apresentou a maior taxa de crescimento real (3,98%), seguida do Sul (3,48%), do Sudeste (3,11%) e do Norte (2,66%). A menor taxa foi registrada na região Centro-Oeste (0,24%). A menor remuneração média é da região Nordeste (R$ 1.501,33) e a maior, do Centro-Oeste (R$ 3.835,88), dado influenciado pelo Distrito Federal, cuja média é puxada pelos salários do funcionalismo público.
Mulheres: mais mercado, menos salários
Embora a maior parte do mercado de trabalho brasileiro continue sendo formada por homens, houve em 2011 uma gradativa ampliação da presença feminina. No ano passado as mulheres representaram 41,90% no total da força de trabalho, percentual superior ao de 2010, que foi de 41,56%. O nível de emprego formal feminino cresceu 5,93% em 2011, ante aumento de 4,49% para os homens.
Em relação à remuneração média, no entanto, os dados ainda continuam mostrando que as mulheres ganham menos do que os homens no Brasil. Os homens ganharam em 2011, segundo o ministério, R$ 2.050,35, enquanto as mulheres receberam R$ 1.697,75, diferença de 20,76%. Em 2010 os homens ganharam em média 20,80% a mais do que as mulheres.
'As mulheres estão estudando mais, mas continuam recebendo menos, apesar de que a diferença está diminuindo', disse o diretor de emprego e salário do ministério, Rodolfo Torelly.
A diferença entre os rendimentos dos homens e das mulheres é maior no nível superior incompleto e superior completo, faixas nas quais a mão de obra masculina ganha, em média, 67,44% e 60,42% a mais do que as mulheres.
Considerando o grau de instrução, a Rais indica que o país está próximo de erradicar o analfabetismo no mercado de trabalho. No ano passado o contingente de assalariados que não sabiam ler e escrever representou 0,38% do total, ante 0,56% em 2010. A maior parcela dos trabalhadores brasileiros possui ensino médio completo (43,22%).
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