O 
Ministério da Saúde informou hoje que apenas 47% (511 profissionais) dos 1.096 
dos doutores brasileiros inscritos no Mais Médicos começaram a trabalhar em 
cidades do interior do país e periferias de grandes centros urbanos. O prazo 
para a apresentação nos locais de trabalho termina amanhã.
O 
balanço foi feito com base em informações prestadas pelas prefeituras 
participantes do programa federal.
Do 
dia 2 de setembro até a manhã de hoje, só 216 municípios e quatro distritos de 
saúde indígena relataram o início da atuação dos médicos brasileiros, de um 
total de 453 prefeituras e 34 distritos indígenas.
No 
período, 127 médicos brasileiros pediram, diretamente ao Ministério da Saúde, 
desligamento do pr ograma. Quem não se apresentar até amanhã será excluído do 
programa e se tornará impedido de uma nova seleção pelos próximos seis 
meses.
'Este 
quadro reforça o diagnóstico do drama que vivem os municípios e Estados quando 
fazem uma seleção pública para médicos: nem todos aparecem para começar o seu 
trabalho. Vamos procurar repor, com brasileiros ou estrangeiros, estas vagas 
para garantir atendimento aos milhões de brasileiros que esperam ser atendidos', 
disse em coletiva de imprensa, realizada hoje, em Brasília, o ministro da Saúde, 
Alexandre Padilha.
Ao se 
apresentarem nas cidades, os médicos devem entregar seus documentos pessoais, 
diploma, registro profissional e termo de adesão ao Programa devidamente 
assinado. A validação do gestor é condição indispensável para que o médico 
receba a bolsa mensal de R$ 10 mil, custeada pelo Ministério da Saúde. Para 
isso, se compromete a cumprir jornada de trabalho de 40 horas semanais dentro de 
uma equipe de atenção básica do município escolhido.
O 
gestor local deverá enviar o termo de adesão assinado por ele e pelo médico que 
participa do Programa e encaminhar para o Ministério da Saúde. O termo de adesão 
traz dentro outros pontos, o compromisso do município de se comprometer a não 
substituir os profissionais do Mais Médicos do Programa por quem já atua na 
atenção básica desses municípios.
De 
acordo com as regras do programa, as vagas não preenchidas por brasileiros, 
serão destinadas a estrangeiros, a maioria deles cubanos, que já estão no país 
em fase de adaptação e cursos. O Ministério também adiou em uma semana o início 
de trabalho desses profissionais, alegando que antes de assumirem seus postos 
devem ter uma semana de 'convivência' nos municípios onde irão atuar, uma 
espécie de ambientação.
A 
primeira etapa do programa foi concluída com a alocação de 1.096 médicos com 
diplomas do Brasil ? 51,5% deles nas periferias de capitais e regiões 
metropolitanas e 48,5% nos municípios do interior e nas regiões de alta 
vulnerabilidade social.
Além 
destes, são 282 profissionais formados no exterior selecionados na primeira 
etapa do programa por chamamento individual e 400 profissionais cubanos que 
chegaram ao Brasil por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a 
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAs).
De 
acordo com o Ministério da Saúde, além da atração de médicos, o governo vai 
investir, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de 
saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para 
construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 
16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, 
reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 
14 hospitais universitários.
Fonte: 
G1, 12 de setembro de 2013
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