quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Apenas 47% dos brasileiros do Mais Médicos apareceram para trabalhar

O Ministério da Saúde informou hoje que apenas 47% (511 profissionais) dos 1.096 dos doutores brasileiros inscritos no Mais Médicos começaram a trabalhar em cidades do interior do país e periferias de grandes centros urbanos. O prazo para a apresentação nos locais de trabalho termina amanhã.

O balanço foi feito com base em informações prestadas pelas prefeituras participantes do programa federal.

Do dia 2 de setembro até a manhã de hoje, só 216 municípios e quatro distritos de saúde indígena relataram o início da atuação dos médicos brasileiros, de um total de 453 prefeituras e 34 distritos indígenas.

No período, 127 médicos brasileiros pediram, diretamente ao Ministério da Saúde, desligamento do pr ograma. Quem não se apresentar até amanhã será excluído do programa e se tornará impedido de uma nova seleção pelos próximos seis meses.

'Este quadro reforça o diagnóstico do drama que vivem os municípios e Estados quando fazem uma seleção pública para médicos: nem todos aparecem para começar o seu trabalho. Vamos procurar repor, com brasileiros ou estrangeiros, estas vagas para garantir atendimento aos milhões de brasileiros que esperam ser atendidos', disse em coletiva de imprensa, realizada hoje, em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Ao se apresentarem nas cidades, os médicos devem entregar seus documentos pessoais, diploma, registro profissional e termo de adesão ao Programa devidamente assinado. A validação do gestor é condição indispensável para que o médico receba a bolsa mensal de R$ 10 mil, custeada pelo Ministério da Saúde. Para isso, se compromete a cumprir jornada de trabalho de 40 horas semanais dentro de uma equipe de atenção básica do município escolhido.

O gestor local deverá enviar o termo de adesão assinado por ele e pelo médico que participa do Programa e encaminhar para o Ministério da Saúde. O termo de adesão traz dentro outros pontos, o compromisso do município de se comprometer a não substituir os profissionais do Mais Médicos do Programa por quem já atua na atenção básica desses municípios.

De acordo com as regras do programa, as vagas não preenchidas por brasileiros, serão destinadas a estrangeiros, a maioria deles cubanos, que já estão no país em fase de adaptação e cursos. O Ministério também adiou em uma semana o início de trabalho desses profissionais, alegando que antes de assumirem seus postos devem ter uma semana de 'convivência' nos municípios onde irão atuar, uma espécie de ambientação.

A primeira etapa do programa foi concluída com a alocação de 1.096 médicos com diplomas do Brasil ? 51,5% deles nas periferias de capitais e regiões metropolitanas e 48,5% nos municípios do interior e nas regiões de alta vulnerabilidade social.

Além destes, são 282 profissionais formados no exterior selecionados na primeira etapa do programa por chamamento individual e 400 profissionais cubanos que chegaram ao Brasil por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAs).

De acordo com o Ministério da Saúde, além da atração de médicos, o governo vai investir, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.

Fonte: G1, 12 de setembro de 2013

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