Reunidas na tarde desta quarta-feira (11), em São Paulo, os dirigentes das 
principais centrais sindicais brasileiras, acertaram a elaboração de um 
documento unitário em defesa da contribuição assistencial, como mecanismo de 
sustentação financeira das entidades sindicais e definiram uma posição unitária 
contra a interferência do Ministério Público do Trabalho (MP) no movimento 
sindical.
No encontro, acompanhado pelo técnico do Dieese (Departamento de Estatísticas 
e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, os representantes da CTB, CUT, 
Conlutas, CGTB, FS, NCST e UGT criticaram a ação do MP e listaram os diversos 
casos de ingerência do órgão público, que por vezes restringe a ação das 
entidades, chegando a interferir em eleições, acordos, convenções trabalhistas e 
deliberações de sindicatos.
Outra critica foi voltada para a postura do MP que tem dificultado a cobrança 
da contribuição confederativa, prevista na Constituição de 1988. Também chamada 
de taxa assistencial, a receita decorre das contribuições pagas pelos membros 
das categorias, filiados ou não à entidade sindical que os representa. É fixada 
por assembleia da categoria e vem prevista em acordo ou convenção coletiva de 
trabalho.
Para os sindicalistas a prática atual adotada pelo MPT promove um cerceamento das formas de mobilização política e financeira dos sindicatos, engessando a atuação sindical. “Há anos o movimento sindical vem sofrendo interferência por parte do Ministério Público do Trabalho quanto às contribuições sindicais. Os procuradores declaram nulas as cláusulas, propõem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e entram com Ação Civil Pública para devolução dos valores descontados”, revelaram dirigentes que participaram da reunião para expor a situação.
Para os sindicalistas a prática atual adotada pelo MPT promove um cerceamento das formas de mobilização política e financeira dos sindicatos, engessando a atuação sindical. “Há anos o movimento sindical vem sofrendo interferência por parte do Ministério Público do Trabalho quanto às contribuições sindicais. Os procuradores declaram nulas as cláusulas, propõem um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) e entram com Ação Civil Pública para devolução dos valores descontados”, revelaram dirigentes que participaram da reunião para expor a situação.
Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, defende que a contribuição é 
necessária e estratégica para o movimento sindical. “As entidades carecem de 
sustentação financeira para fazer a luta. Algo que não dependa de um julgamento 
ou de uma suspenção. Porque quem defende o trabalhador são os sindicatos. E não 
podemos aceitar que ele fique vulnerável, à mercê de uma decisão judicial”, 
destacou o dirigente.
Opinião compartilhada pelo presidente da CTB, Adilson Araújo é fundamental 
que as centrais se posicionem contra essa atitude, que tem prejudicado a ação 
dos dirigentes.
Além da  elaboração de um documento conjunto entre as centrais, ficou 
definido a realização de encontros com representantes do Ministério Público do 
Trabalho, e também com representantes do Legislativo e do governo para se chegar 
uma proposta que atenda as necessidades das entidades sindicais, afim de que 
possam manter uma estrutura para o enfrentamentos das lutas e ações em defesa de 
novas conquistas para a classe trabalhadora.
“Não podemos aceitar tamanha intervenção. A atitude é uma enorme agressão 
contra a autonomia e a liberdade sindical. Porque o que está em jogo é a 
autonomia do movimento sindical. Temos uma posição unitária de que um sindicato 
deve ser sustentado pelos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou o presidente 
da CTB.
Outros temas consensuais parte da pauta durante o encontro foram a suspensão 
do Leilão do Campo de Libra da Petrobrás, situado na Bacia de Santos, litoral 
sul paulista; e o apoio ao veto presidencial à derrubada dos 10% do Fundo de 
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que deve ser votado no próximo doa 17 pelo 
Plenário da Câmara.
Os sindicalistas definiram a construção de uma nota com o posicionamento 
unitário das centrais sindicais. "Diante da gravidade das denúncias documentadas 
pela imprensa brasileira sobre a ação ilegal por parte do governo dos Estados 
Unidos para obter informações estratégicas da Petrobrás através de espionagem 
feita por sua Agência de Segurança Nacional (NSA), fazemos um apelo ao governo 
brasileiro que suspenda imediatamente o leilão de Libra", destacou Wagner 
Gomes.
Cinthia Ribas - Portal CTB
Cinthia Ribas - Portal CTB

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