Familiares, companheiros de trabalho e dirigentes sindicais participaram, na manhã desta sexta-feira (09/09), de uma missa para lembrar os 30 dias do acidente de trabalho que provocou a morte de nove operários da construção, no prédio empresarial Paulo VI, da Construtora Segura, na Avenida ACM, em Salvador.
Os trabalhadores estavam num elevador de cabo, que despencou da altura do 28º andar, aproximadamente 84 metros. Martinho Fernandes dos Santos, 50 anos, Antônio Reis do Carmo, 62, Antonio Elias da Silva, 57, Antonio Luís Alves Reis, 55, Hélio Sampaio, 51, José Roque dos Santos, 43, Jairo de Almeida Correia, 47, Lourival Ferreira, 68, e Manuel Bispo Pereira, 40, morreram na hora.
A missa foi celebrada pelo padre José Carlos Santos Silva, às 7 horas, em frente ao canteiro de obras. Foram momentos de muitas emoções. O sacerdote propôs que os nomes dos nove operários sejam transformados em nomes de ruas. E lembrou também da proposta lançada pela Federação Latino-Americana dos Trabalhadores da Construção, Madeira e Materiais de Construção (Flemacon), para que a data (09/08) seja oficializada como “Dia de Combate aos Acidentes do Trabalho”.
José Ribeiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção (Sintracom-BA), que convocou a missa, chamou a atenção dos operários presentes, para que se neguem a subir de elevador e subam pela escada, enquanto a empresa não fizer as mudanças necessárias e instalação de elevadores seguros, para garantir o transporte dos trabalhadores (as) no ambiente do trabalho.
Estavam presentes a presidente da Federação Latino-Americana dos Trabalhadores da Construção, Madeira e Materiais de Construção, Lúcia Maia; os dirigentes dos Sindicatos de Trabalhadores da Construção da Colômbia, Otoniel Ramirez, do Peru, Elizabete Quevedo, e de El Salvador, Victor Ramirez (que também são dirigentes da Flemacon); o coordenador na Bahia da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Adilson Araújo; o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (Contricom), Miraldo Vieira; o diretor do Sindicato dos Marceneiros de São Paulo, Pedro Mesquita Fortes; o presidente da Federação dos Trabalhadores da Construção e da Madeira (Fetracom-BA), José Nivalto, dirigente da CTB no Pará, Raimundo Moacir Martins, e diversos dirigentes sindicais do ramo da construção e de outras entidades.
Segundo informações de José Ribeiro, o laudo da Polícia Técnica, que tinha previsão para ficar pronto em 30 dias, ainda não foi concluído.
Fonte: SINTRACOM/BA (Mery BahiaAssessoria de Imprensa).
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