Mais um acidente do trabalho com operário da construção foi registrado, em Salvador, na tarde da última terça-feira (29). A obra do condomínio de luxo Life Prestige, no bairro do Itaigara, teve o desmoronamento da bandeja de proteção, instalada no primeiro andar para o mezanino.
As madeiras e suportes vieram ao chão junto com o ajudante comum da empresa Baruffaldi Lopes & Associados Incorporadora, Gilson dos Anjos Teixeira, 26 anos, que caiu de cerca de seis metros de altura e fraturou três dedos do pé esquerdo.
O acidente aconteceu quando o operário fazia a limpeza no local e precisou soltar o dispositivo de segurança do cinto para prender em outro ponto, e teve que circular no equipamento, também chamado guarda-corpo. Ele foi socorrido pelo encarregado da empresa, de prenome Manoel, e atendido no Centro Médico Fisiort, em São Caetano. Agora, encontra-se em casa, no mesmo bairro, aguardando a marcação da cirurgia.
A direção do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira (Sintracom-Ba) visitou a obra, onde foi constatado que as tábuas utilizadas na bandeja de proteção são de um tipo de compensado, frágeis, envelhecidas, em estado precário e inadequadas para esse uso. A madeira apropriada é a massaranduba.
O Sintracom-Ba solicitou à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) uma vistoria na obra, para verificar as condições das bandejas de proteção. E alerta que as empresas de construção civil costumam usar talabartes (alça de segurança) com único ponto, enquanto outros setores de indústria utilizam com dois pontos, que dá mais segurança ao trabalhador. Somente no primeiro mês deste ano, a construção civil da Bahia já registrou a morte de três operários.
Fonte: Sintracom-BA/CTB
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NOSSO COMENTÁRIO/DESABAFO:
É lamentável esta situação. Até quando vamos ficar assistindo o extermínio de trabalhadores nas obras de construção civil?
É lamentável como os patrões não se sensibilizam com as campanhas de prevenção de acidentes realizadas pelas entidades sindicais (neste caso específico pela FETRACOM/BA e SINTRACOM/BA).
Enquanto não houver no nosso país apuração e julgamento dos responsavéis pelos acidentes de trabalho. Enquanto empresário não ir para cadeia pela negligencia com a vida humana, não vamos sossegar.
Quando se mata alguém, seja por bala, faca ou de qualquer forma, vai-se a julgamento, condenação e prisão! Quando se mata alguém por está dirigindo embriagado, dá mesma forma e porque não levar a julgamento, condenação e prisão os que matam por negligência no local de trabalho?
Os patrões preferem gastar com funeral, porque é mais barato, do que com a prevenção de acidentes, afinal, ninguém vai preso e nisso, pais de família vão morrendo Brasil a fora.
"Defendemos cadeia para os culpados pelas mortes por acidente de trabalho"
Miraldo Vieira.
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