quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Operários da construção civil de Salvador e Região Metropolitana podem parar as atividades logo após o carnaval

Francis Juliano

Os operários da construção civil de Salvador e Região Metropolitana podem parar as atividades logo após o carnaval. Segundo o sindicato dos trabalhadores da construção da Bahia (Sintracom-BA), caso os empresários do setor não respondam às propostas dos trabalhadores, que incluem aumento salarial de 14%, cesta básica de R$ 250 e reforço da segurança nos canteiros, os operários devem entrar em greve a partir da assembleia marcada para o dia 22 de fevereiro, às 18 horas, no Largo de São Bento O presidente do sindicato, José Ribeiro, disse que já ocorreram quatro rodadas de negociação, todas elas sem sucesso.
José Ribeiro, presidente do SINTRACOM/BA - Foto: Tiago Melo

'O que a gente percebe é uma certa morosidade do empresário em aceitar essas condições. Com isso, os trabalhadores têm ficado inconformados', criticou, em entrevista ao Bahia Notícias. Para Ribeiro, um dos itens de maior preocupação é a questão da segurança.
Só em janeiro, foram três vítimas fatais na construção civil baiana. A cesta básica é outro ponto que os trabalhadores exigem reparação. Atualmente é concedida a quantia de R$ 90 para aqueles que têm até uma falta no mês; aos que faltam até duas vezes, o valor destinado é de R$ 60. Mais de duas faltas não garante o benefício.
O sindicalista aponta também como argumento para as queixas dos trabalhadores, ganhos que as empresas obtiveram com o governo federal. 'Houve redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] de materiais de construção e a desoneração da folha de pagamento. Não é justo que as empresas tenham essas vantagens, essas compensações, e não repassem isso para os trabalhadores', considerou Ribeiro. Uma nova rodada de negociação está marcada para o dia 22 de fevereiro.
Fonte: Bahia notícia e SINTRACOM/BA

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