A presidenta Dilma Rousseff cobrou ontem (27) novos investimentos do setor privado para garantir o crescimento da economia. Durante discurso na abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Economico e Social, no Palácio do Planalto, ela afirmou que os empresários precisam assumir o papel que se espera deles na construção de um país de classe média.
"Nós queremos chegar a ser uma nação desenvolvida. Nós queremos ser um país de classe média. E para sermos um país de classe média, nós temos uma trajetória a cumprir", disse. “No curto prazo nós temos essa imensa tarefa que é acelerar o ritmo do crescimento e estimular as inversões nas áreas transformadoras. Áreas transformadoras do quê? Áreas que possam transformar a competitividade do nosso país, para conseguir que tenhamos capacidade de aumentar essa renda per capita. É para isso que nós queremos aumentar a competitividade e aumentar investimentos.”
A fala de Dilma teve como centro a questão econômica, voltando a defender as medidas adotadas nos últimos dois anos pelo governo federal na tentativa de garantir crescimento, ampliar o investimento e estimular o consumo. A presidenta indicou que o país precisa dar fim a uma falsa contradição entre a convivência do público e do privado. “É óbvio que os segmentos privados e os segmentos da sociedade – não estou falando só o empresário – têm interesses próprios e eles são importantes, eles movem as suas áreas específicas. Mas é obvio, também, que todos são capazes de perceber como um interesse público beneficia um interesse maior, beneficia a cada um”, acrescentou.
Dilma indicou ainda que o governo tem margem para continuar cortando tributos, como fez no ano passado, mas que precisa para isso encontrar uma resposta positiva do setor privado. Ela entende que sua gestão teve uma posição “bastante ofensiva” no campo econômico ao adotar medidas de estímulo à competição e de solução dos chamados “gargalos” no setor de infraestrutura em um contexto de crise externa.
“É um absurdo dizer que nós não mantemos todos os nossos compromissos com os pilares da estabilidade”, criticou, para em seguida relembrar a tentativa da oposição e de setores da imprensa de criar a sensação de que havia um risco de desabastecimento de energia. “O que não é admissível para o país é que se crie instabilidade onde não há instabilidade. Exemplo: não é admissível que se diga que vai haver racionamento quando não vai haver racionamento. As mesmas vozes que disseram em dezembro e janeiro que ia haver racionamento se calam. E a consequência é nenhuma, o que eu acho que é irresponsabilidade. O que afeta a vida das empresas, a vida das pessoas, nós temos de ter cuidado, porque se coloca uma expectativa negativa gratuita para o país.”
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