Na
terça-feira (26) será realizada em São Paulo plenária nacional para reunir
cerca de 600 dirigentes sindicais das principais entidades de trabalhadores do
país. A iniciativa unifica as seis centrais de trabalhadores, que realizam a
atividade contra os ataques aos direitos trabalhistas. O movimento pela
eliminação de direitos ganhou força com o governo interino de Michel Temer,
que, entre outras medidas, defende que a negociação coletiva vigore sobre a
Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
Na visão dos trabalhadores, o negociado sobre o legislado, como é
definida essa tendência que o governo Temer quer implementar, vai acabar com a
proteção ao trabalhador.
As
centrais alertam que a nova situação expõe o trabalhador, que poderá sofrer
pressão do patrão em momentos de crise para, por exemplo, diminuir salários em
troca da manutenção do emprego.
Além
desta medida, a aprovação da terceirização também foi anunciada nesta
quarta-feira (20) como prioridade pelo ministro Ronaldo Nogueira. A intenção do
governo Temer é elaborar um projeto inspirado nas iniciativas que tramitam no
Congresso, rejeitadas pelos trabalhadores.
Segundo
o Departamento Intersindical de Assuntos Parlamentares (Diap) são 55 projetos
de lei na Casa que ameaçam os direitos dos trabalhadores.
Crise
na conta do trabalhador
O propósito do governo interino é retirar direitos e flexibilizar
contratos de trabalho e a mídia já desenvolve campanha pelo fim da CLT,
declarou Eduardo Navarro, dirigente da CTB, ao site da entidade. Na opinião
dele, os trabalhadores e trabalhadoras têm de responder à altura. “Não só
porque o governo é ilegítimo, mas porque a classe trabalhadora entende que não
somos nós que temos de pagar a conta da crise", declarou.
Nenhum
direito a menos
O
presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, lembrou que a
unidade entre as centrais fortalece o movimento dos trabalhadores.
“Essa
reunião é muito importante porque as iniciativas que fortalecem o movimento
sindical possibilitam que os trabalhadores tenham menos direitos violados e
mais possíveis conquistas”, acrescentou.
Valorização
do salário mínimo
Carmen
Foro, vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), confirmou que a
luta dos trabalhadores ganha força com a unificação da pauta das centrais. Ela
lembrou a importância da unidade das centrais na luta pela aprovação da
política de valorização do salário mínimo.
“As
principais conquistas que tivemos no último período obviamente se deveu a um
governo que tem um nível de diálogo e comprometimento com a nossa pauta mas,
por exemplo, a política de valorização do salário mínimo no governo Lula é
resultado de articulação forte entre as centrais que representou uma unidade em
torno dessa política”, ressaltou.
Plenária
representativa
Ela
sustentou que a CUT está empenhada na mobilização para assegurar a presença das
principais categorias organizadas no ato do dia 26. A dirigente considera que a
unidade das centrais ampliará a denúncia do ataque aos direitos para o conjunto
dos trabalhadores.
“A
grande massa trabalhadora ainda não tem total informação e clareza do perigo
que está rondando. A princípio, os trabalhadores organizados são os que estão
com mais informações, mas eu creio que o trabalho das centrais e sindicatos
conseguirá impulsionar e chegar aos trabalhadores que ainda não estão
organizados”, opinou.
Serviço:
Lançamento de manifesto unificado das centrais
Data:
26 de julho (terça-feira)
Horário:
11h
Local:
Espaço Hakka, Rua São Joaquim, 460
FONTE:
www.vermelho.org.br
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