Cresce o apoio à alternativa de que a solução para
a crise política brasileira passa pela convocação de um plebiscito por eleições
Diretas Já para Presidente da Republica. Tal alternativa coloca nas mãos do
povo a saída para a crise, podendo tornar-se elemento catalizador de amplas
forças políticas e sociais.
Por Aldo Arantes
Christian Braga/Jornalistas Livres
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Além de incorporar o povo no debate e definição de
caminho para superar a crise, o plebiscito possibilita uma ampla discussão
sobre o caráter do governo Temer: ilegítimo, antidemocrático, antissocial e
antinacional.
Ilegítimo porque por ter assaltado o poder por um
golpe parlamentar. Antidemocrático por atropelar o estado democrático de
direito e a Constituição. Antissocial por liquidar importantes conquistas
sociais. Antinacional por abrir as portas de nossa economia à desnacionalização
e entregar o petróleo do pré-sal para empresas estrangeiras.
Por todas estas razões existe condições reais para
mobilizar a sociedade em defesa das Diretas Já para Presidente da República.
Tal mobilização irá influenciar, de forma decisiva, o voto de Senadores em
torno do impeachment da Presidenta Dilma.
Há questionamentos sobre as condições de aprovação
do plebiscito no Congresso Nacional. A resposta a isto está pela capacidade que
tenhamos de mobilizar a sociedade.
O plebiscito poderá se constituir num importante
dique para barrar a ofensiva da direita. E garantir a continuidade do processo
democrático, criando condições para o aprofundamento das conquistas do nosso
povo.
Alguns setores se manifestam céticos em relação a
este caminho. Defendem o Fora Temer e o Volta Dilma. Tais objetivos são
fundamentais. Todavia não obteremos tais vitorias sem mobilizar amplamente a
sociedade.
O Fora Temer já não é suficiente para dar resposta
á gravidade da crise. Até porque os próprios setores dominantes já trabalham
com a hipótese de descarta-lo para realizar eleições indiretas no inicio de
2017.
Há os que defendem eleições gerais. Mas, se é
difícil uma vitória através do plebiscito para eleições de Presidente, mais
ainda para eleições gerais.
A experiência política indica que, para se obter
êxito numa luta é fundamental centrar a ofensiva em torno do objetivo
principal. Neste momento o objetivo principal é assegurar o mandato da
Presidenta Dilma. Incorporar outros objetivos significa ampliar as dificuldades
para que o objetivo principal seja vitorioso.
Outros consideram que a convocação do plebiscito
significaria abrir mão do mandato da Presidenta Dilma, conquistado pelo voto de
milhões de brasileiros. Todavia tal proposta visa exatamente mobilizar a
sociedade para assegurar a retomada do mandato pela Presidenta.
O fundamental, neste momento, é a defesa do estado
democrático de direito e da Constituição. Tudo isto implica em derrotar o golpe
com a retomada do mandato pela Presidenta.
O passo seguinte é o aprofundamento do processo
democrático com reforma estruturais do estado brasileiro. Todavia isto só será
possível se conseguirmos manter as conquistas incorporadas à Constituição de
1988.
A unidade da esquerda é fundamental na mobilização
da sociedade. Todavia só a esquerda não conseguirá obter a vitória necessária.
É fundamental atrair amplos setores da sociedade. Para importantes segmentos
políticos tal objetivo só será possível com a convergência tática em torno de
um objetivo capaz de fazer do povo agentes efetivos da solução da crise. em
torno da realização do Plebiscito para as Diretas Já.
A unidade da esquerda é indispensável. Porém só
poderá ser obtida se houver uma convergência em torno do caminho capaz de
colocar em marcha importantes segmentos da sociedade brasileira.
Por mais boa vontade que as diversas correntes
políticas possam ter, sem esta convergência tática não obteremos a unidade
necessária para o enfrentamento do tsunami político que recaiu sobre o País e
sobre o povo brasileiro.
Fora Temer! Volta Dilma!
Pela realização do plebiscito por Diretas Já!
União do povo brasileiro em defesa do estado
democrático de direito e da Constituição de 1988.
FONTE: www.vermelho.org.br
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