Os dados mais recentes mostram perspectivas favoráveis a um crescimento da construção em 2014.
O valor dos lançamentos de imóveis de nove grandes incorporadoras de capital aberto em 2013, de R$ 22,18 bilhões, superou em 10% o de 2012, segundo o Valor Econômico. As vendas, de R$ 23,85 bilhões, também superaram o montante de 2012, em 9,1%.
As vendas na cidade de São Paulo também cresceram. De janeiro a novembro de 2013, 30,5 mil novas unidades habitacionais foram vendidas, num aumento de 27,1% sobre o mesmo período de 2012, informou o Secovi-SP (reúne as incorporadoras imobiliárias).
No período, o volume de vendas na capital paulista foi de R$ 17,8 bilhões, 37,4% a mais que no mesmo período de 2012. O volume de crédito imobiliário concedido em 2013 em todo o país, de R$ 109 bilhões, superou em 32% o de 2012. Ao fazer este anúncio na semana passada, a Abecip (reúne as empresas de financiamento imobiliário) previu nova elevação, de 15%, para R$ 126 bilhões em 2014.
Os financiamentos destinados às construtoras, que haviam caído 20% em 2012, subiram 15% em 2013, segundo levantamento feito pelo Banco Central. As obras imobiliárias resultantes desses aumentos deverão se somar às de infraestrutura, derivados dos contratos em andamento e das novas concessões de rodovias, portos e aeroportos.
Impulsionada pelo ano eleitoral, a construção de moradia popular, especialmente no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida, deverá ser incrementada. Ao final do ano passado, ainda faltava entregar cerca de 1,6 milhão dos 3 milhões de unidades habitacionais que deverão ser contratados até o final de 2014. Obras aeroviárias e de mobilidade urbana ligadas à Copa deverão prosseguir.
Nesse cenário, as vendas de materiais de construção crescerão 4,5% em 2014, após uma elevação de 3% em 2013, estima a Abramat (reúne a indústria deste segmento). Todos esses dados reforçam a expectativa do SindusCon-SP de que o PIB da construção civil brasileira deverá crescer cerca de 2,8% em 2014, depois de ter se elevado em 2% em 2013.
O emprego formal no setor, com cerca de 3,5 milhões de trabalhadores (crescimento de 1% em 2013), deverá ter nova alta, de 1,5%, neste ano. Assim, a construção será um dos setores a “puxar” o crescimento do PIB nacional.
São números condizentes com a realidade econômica brasileira e mundial, mostrando um crescimento modesto, porém firme, e que deverá permanecer se forem mantidos os três ingredientes que animam a construção: controle da inflação, crescimento da renda e disponibilidade de crédito.
Este é o cenário no qual as empresas do setor apostam, e que iniciam o ano com expectativas de investir em máquinas e equipamentos e novas tecnologias para o aumento da produtividade.
Fonte: Folha de São Paulo e FETRACOM/BA
Nenhum comentário:
Postar um comentário