O 
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (30), durante solenidade 
em comemoração aos dez anos do Bolsa Família, em Brasília, que a ascensão 
econômica e social dos mais pobres incomoda a elite brasileira.
“Sei 
que incomoda muita gente este programa, porque os pobres estão evoluindo em 
Pernambuco, na Bahia, em Sergipe.... estão usando uns maiôs que só parte da 
sociedade usava. Agora a empregada chega para trabalhar usando o mesmo perfume 
que a patroa, o jardineiro usa o mesmo carro que o patrão, quando chega no 
aeroporto está tudo abarrotado de gente. É duro...”, ironizou Lula.
A 
cerimônia contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff e e diversos 
ministros, além de parlamentares, outras autoridades e grupos de beneficiados do 
Bolsa Família vindos de várias regiões do país.
Segundo 
Lula,  em um país com um histórico marcado pela exclusão social era de se 
esperar “dúvidas e prejulgamentos” em relação a programas sociais.
O 
ex-presidente começou seu discurso relembrando das muitas críticas que 
jornalistas, especialistas e parlamentares fizeram e  ainda fazem ao 
programa.
“Um 
programa que já atende a quase 14 milhões de famílias é tratado por alguns 
hipócritas como se fosse uma corrupção ou fraude sem o menor respeito. Chegaram 
a dizer que era bolsa-esmola, que formava mendigos, que era uma tragédia social, 
fácil de entrar mas difícil de sair. Gostaria que hoje estes críticos 
assistissem a apresentação feita pela ministra Tereza Campello”, 
afirmou.
Para 
ele, nenhum outro programa na história do país teve o impacto do Bolsa Família. 
“Vivíamos em um país para ricos e para a classe média, enquanto o resto vivia em 
uma não-pátria, desconhecia seus direitos e sua humanidade. O programa integrou 
ao Brasil as pessoas marginalizadas do processo econômico, mas apartadas 
principalmente dos processos sociais.”
Lula 
voltou a comparar os investimentos sociais aos gastos com as guerras promovidas 
pelos Estados Unidos no mundo.
“Hoje 
sabemos que, além das perdas humanas, a guerra do Iraque consumiu US$ 3 
trilhões. Com esse dinheiro seria possível a implantação de programas de 
transferência de renda para 1,5 bilhão de pessoas em todo o mundo”, 
assegurou 
FONTE: 
Rede Brasil Atual, 31 de outubro de 2013












Rio 
de Janeiro - A taxa de desemprego ficou em 5,4% em setembro deste ano, maior do 
que a de agosto (5,3%) e a mesma de setembro de 2012. O dado foi divulgado hoje 
(24) pelo 