A Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
aprovou, nesta quarta-feira (16), projeto de lei que reforma o sistema recursal
no âmbito da justiça trabalhista. A proposta, de autoria do deputado Valtenir
Pereira (PROS-MT), visa dar mais celeridade aos processos da Justiça do
Trabalho. A matéria, agora, segue para a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), na qual receberá decisão terminativa.
De acordo com o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 63/2013, o ministro relator do processo trabalhista terá competência de negar seguimento ao recurso de embargos, caso este seja inadequado, bem como punir o autor de recurso com intenção de retardar o andamento do processo.
A proposta também altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT - Decreto-Lei 5.452/1943) para obrigar os Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) a uniformizarem sua jurisprudência e a aplicarem o dispositivo da resolução de demandas repetitivas. Com isso, divergências entre turmas de TRTs diferentes, que atualmente podem ser questionadas no Tribunal Superior do Trabalho (TST), passarão a ser decididas no próprio TRT, o que desafogará a instância superior.
Os embargos de declaração na esfera da Justiça do Trabalho também passarão, pelo projeto, a ter medidas que combatam a intenção protelatória. Uma delas permite, assim como prevê o Código de Processo Civil, a aplicação de multa ao autor do recurso protelatório. Ainda, pelo texto aprovado na CAS, será permitida a concessão de efeito modificativo aos embargos somente quando a omissão do acórdão recorrido for suficiente, por si só, para ensejar a sua reforma.
Na avaliação do relator, senador Paulo Paim (PT/RS), o projeto contribui para que o tempo de duração de um processo da Justiça do Trabalho seja razoável, como manda a Constituição Federal.
Fonte: Agência Senado
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