O Fórum Econômico Mundial aponta a
persistência, no Brasil, de desigualdade elevada entre homens e mulheres, em
termos de participação econômica (salários, cargos de chefia, emprego de alta
qualificação), na comparação internacional. O Índice Global de Desigualdade de
Gênero 2013, publicado pela entidade, coloca o Brasil na 62ª posição entre 136
países, considerando quatro áreas-chave: saúde, acesso à educação, participação
política e igualdade econômica.
O Brasil mantém a mesma classificação do ano passado, mas com ganho de 20 posições em relação a 2011, refletindo a "consolidação de ganhos que o país fez recentemente em direção à igualdade de gêneros".
No índice deste ano, o Brasil
divide a primeira posição do ranking com vários países em três quesitos:
igualdade no acesso à educação, saúde e expectativa de vida. Apesar disso, o
Fórum estima que o país ainda tem muito a fazer para assegurar o reconhecimento
da mulheres no mercado de trabalho e na vida pública.
Em relação à igualdade de salários,
o Brasil está na 117ª posição entre 126 países. Por trabalho igual, as mulheres
receberiam apenas 54% do que é pago aos homens, em média. A renda média das
mulheres é estimada em apenas 61% daquela dos homens.
As mulheres no Brasil continuam
também sub-representadas no Congresso (ocupam apenas 9% das cadeiras) e nesse
ítem o país fica na 116ª posição. A situação melhora quando se soma a
participação feminina no quadro de altos funcionários e na administração de
empresas. Nesse caso, o país sobe para 32º da lista.
Pela metodologia usada pelo Fórum,
considerada por alguns analistas como simplificadora, a desigualdade seria muito
maior no Brasil do que em países como Burundi, Lesoto ou Burkina Faso, A
entidade não faz a nuance entre países com forte exclusão social para os dois
sexos e outros com inclusão social, com mulheres entrando mais tarde no mercado
de trabalho porque ficam mais tempo na escola, por exemplo.
Fonte: Valor Econômico
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